quinta-feira, 2 de julho de 2015

Fragmentos ‘jogos memoráveis do botafogo’: lavando a alma… (33)

A alma do torcedor botafoguense estava machucada pelos últimos anos. Campeão do Estadual em 2006, o Clube da estrela Solitária engatou uma sequência de finais – 2007, 2008 e 2009 – mas todas foram perdidas para o Flamengo [com a habitual inética e escandalosa contribuição das arbitragens].

Em 2010 o Alvinegro começou mal, m,uito mal. Levou uma surra de 6 a 0 para o Vasco da Gama no Engenhão […] e passou a ser apontado pelos especialistas [invariavelmente flamenguistas] como o pior time do Rio. […] Mas aí veio Joel Santana [e Loco Abreu, a figura do campeonato].

Aos poucos ajeitou a equipe, que foi vencendo os clubes pequenos e conseguiu se classificar para as semifinais da Taça Guanabara contra o Flamengo. […] O que se viu foi um valente Glorioso despachar o rival por 2 a 1 e garantir a vaga na final. […]

E o adversário da decisão seria jjustamente o embalado Vasco da gama, carrasco dos alvinegros no turno. Desta vez, diziam, o Botafogo cairia. Só que o alvinegro […] venceu o Cruzmaltino de forma incontestável, por 2 a 0. […]

O Glorioso seguiu sua caminhada vitoriosa pela Taça Rio. […] e o adversário da decisão de 2010 seria justamente o Rubro-negro. […]

Se o Botafogo lutava pelo resgate da honra, o Flamengo também tinha uma motivação extra para o título – conquistar um inédito tetracampeonato estadual, marca já alcançada pelo time da Estrela Solitária. […]

Ronaldo Angelim segurou Fábio ferreira dentro da área, em penalidade bem apitada por Gutemberg de Paula. E Herrera foi para a bola. […]

O goleiro rubro-negro, cujo nome não merece ser mencionado, fora o grande herói nessas ocasiões [tri em 2007-08-09]. Herrera cobrou forte, no meio, e colocou o Botafogo na frente do Placar. […]

A redonda caiu nos pés de Vágner Love, que só teve o trabalho de empurrar quase em cima da linha: 1 a 1 no finzinho da etapa. […]

O Botafogo seguiu concentrado […] e sempre jogando com calma […] veio o lance inesquecível.

Tudo começou com mais um pênalti. […] Loco Abreu […] correu para a bola e deu um toque suave, cruel, de cavadinha. E enquanto o arqueiro adversário, algoz dos anos anteriores, caía desmoralizado de bunda no chão, a pelota subiu e desceu devagarzinho, bem no meio do gol, tocando caprichosamente o travessão superior antes de entrar. Era o gol do título. […]

E para completar as pazes com os pênaltis […] Fahel fez falta em Ronaldo Angelim dentro da área. Na cobrança o gigante Adriano, que jamais havia desperdiçado uma penalidade. Mas quem se agigantou foi Jefferson […] para confirmar o título do Glorioso.

Um dia perfeito, uma final inesquecível. De lavar a alma.

[Além da narração de partes do jogo, Auriel de Almeida ainda faz destaques especiais sobre Loco Abreu e Jefferson]

FIM DA RUBRICA

Excerto autorizado pelo autor. In: ALMEIDA, A. (2012). Jogos Memoráveis do Botafogo. Rio de Janeiro: ed. iVentura, pp. 195 a 198 (à venda nas livrarias Travessa e Saraiva ou no portal www.iventura.com.br)

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