18 de abril de 2010. Jogo da decisão da Taça Rio e simultaneamente, caso o
Botafogo ganhasse, seria o jogo da decisão do campeonato carioca, já que o Glorioso ganhara a Taça Guanabara anteriormente.
Frente a frente no Estádio do Maracanã estavam pelo 4º ano consecutivo o sempre-em-pé Botafogo e o time da carniça flamenguista. O
Flamengo fora tricampeão estadual em 2007-2008-2009 sempre em cima do Botafogo
com a ajuda escandalosa de vermes do apito, sem ética nem moral, e preparava-se
para ganhar o seu 1º tetracampeonato de futebol. Porém, a federação esqueceu-se
de nomear Marcelo de Lima Henrique ou Djalma Beltrami ou Péricles Bassols
para a arbitragem e não deu outra coisa que não fosse Botafogo campeão de 2010,
21 anos depois de 21 – isto é, 1968-1989-2010 (intervalos de 21 anos).
O Globoesporte e a Lancenet
radiografaram o Botafogo como a 4ª força do Rio, sempre em condições inferiores
a Vasco da Gama, Fluminense e Flamengo, mas, afinal, ganhamos tudo de todos: o
Botafogo bateu o favorito Flamengo na semifinal da Taça Guanabara, bateu o
favorito Vasco da Gama na final da Taça Guanabara; bateu o favorito Fluminense
na semifinal da Taça Rio; bateu o favorito Flamengo na final da Taça Rio.
O Botafogo provou que Mancini,
Cuca e Andrade não eram os ‘tais’; provou que Dodô não fazia nenhuma falta ao
Botafogo nem ‘explodiu’ como era sugerido no início do campeonato; provou que
Fred não chegou para concretizar a profecia de Cuca sobre vir a ser campeão
carioca; provou que o ‘Império dos Gringos’ Loco Abreu e Herrera era muito
superior ao ‘Império do Amor’ Adriano e Vagner Love.
Herrera abriu o marcador para o
Botafogo cobrando uma grande penalidade aos 22 minutos de jogo, mas já ao cair
da 1ª parte, Vagner Love empatou para o Flamengo aos 44 minutos.
Num jogo muito tenso, o Flamengo
cometeu novamente grande penalidade (na esperança de não ser marcada contra
eles, como de costume) e o árbitro assinala a marca dos 11 metros. O uruguaio
Loco Abreu é chamado para a cobrança e encara o ‘arrepiante’ goleiro Bruno,
atualmente preso sob a acusação de mandante do assassínio de uma das suas
amantes. Aos 71’ Loco Abreu desloca o goleiro para o lado direito com uma
cavadinha que bate na parte interior do travessão e se aninha no fundo da
baliza, deixando Bruno de bunda escarranchada no chão. Botafogo 2x1.
Nessa tarde, Loco Abreu sucedeu a Túlio ‘Maravilha’ como ídolo botafoguense.
Porém, o jogo ainda tinha algo
mais para consagrar: o magnífico guardião botafoguense Jefferson. Já no
enfiamento final da partida o árbitro assinalou grande penalidade a favor do
flamengo e Adriano encaminha-se para a cobrança. Adriano nunca desperdiçara a
cobrança de uma grande penalidade e a ‘nassão’ esperava obviamente o empate.
Porém, Jefferson lançou-se apenas no último nanossegundo, adivinhou onde
Adriano bateu a bola e… defendeu!!!
O flamengo já não tinha ânimo
para mais nada depois de o seu ídolo Bruno, o ‘matador’, tomar uma cavadinha, e
o seu ídolo Adriano ficar de cara à banda com a grande penalidade defendida
pelo melhor goleiro do Brasil.
E o ‘azarão’
virou CAMPEÃO!
» 2010 sem zeros = 21.
» [17 (Herrera) + 13 (Loco)] - 9
(Love) = 21.
» O placar na ordem do mando de
campo: 1x2 – invertido, 21.
» O nº 4 (Fábio Ferreira sofre
penalty) + 17 (convertido por Herrera) = 21.
» Como se não bastasse...
Sebastian Abreu + Herrera = 21 letras.
» Santas coincidências, São
Carlito Rocha das Gemadas Milagrosas!
O proclamado ‘azarão’ foi CAMPEÃO DE TUDO em 2010 e os cathartiformes
comemoraram o PENTA-TRI VICECAMPEONATO nos seus ensaios para o sempre abortado
tetra campeonato!
Perante 60.748 pessoas (50.303
pagantes) o Botafogo, comandado por Joel Santana, alinhou com Jefferson, Fábio
Ferreira, Antônio Carlos e Fahel; Alessandro, Leandro Guerreiro, Túlio Souza
(Caio), Renato (Edno) e Somália; Herrera e Loco Abreu.
O Botafogo conquistou, ainda, o
Troféu Tupi 75 Anos.
Os campeões: Leandro Fahel Matos,
17 jogos; Leandro Luchese Guerreiro, 17; Caio Canedo Corrêa, 17; Marcelo
Cordeiro de Souza, 17; Jefferson de Oliveira Galvão, 16; Germán Gustavo
Herrera, 16; Lúcio Flávio dos Santos, 16; Washington Sebastián Abreu Gallo
(Loco Abreu), 15; Fábio Ferreira da Silva, 14; Alessandro da Conceição Pinto,
13; Eduardo da Silva Nascimento Neto, 13; Antônio Carlos dos Santos Aguiar, 13;
Paulo Rogério Reis Silva (Somália), 12; Wellington Oliveira dos Reis, 11;
Renato Adriano Jacó de Morais (Renato Cajá), 9; Édno Roberto Cunha, 8; Sandro
Laurindo Silva, 6; Rodrigo Andrade da Silva (Diguinho), 5; Danny Bittencourt
Morais, 4; Jancarlos de Oliveira Barros, 4; Renan dos Santos, 4; Luiz Carlos
Caetano de Azevedo Júnior, 3; Túlio Gustavo Cunha Souza, 3; Jorge Luiz da
Costa, 2; Édson Henrique da Silva, 2; Gabriel Henrique Silva, 2; Wellington
Cândido da Silva Júnior, 1; Rodrigo Corrêa Dantas, 1; Felipe Lima Lopes, 1;
Alexssander Medeiros de Azeredo (Alex), 1. Técnicos: Estevam Eduardo Lemos
Soares (3 jogos), Jair Zaksauskas Ribeiro Ventura (interino, 1 jogo) e Joel
Natalino Santana (15 jogos).
Artilheiros: Loco Abreu, 11 gols; Herrera, 9;
Caio, 7; Marcelo Cordeiro, 5; Antônio Carlos, 2; Fábio Ferreira, 2; Fahel, 2;
Renato Cajá, 1; Lúcio Flávio, 1; Wellington Júnior, 1; Gabriel, 1; Diguinho, 1;
Alessandro, 1.
Pesquisa de Pedro Varanda (colaborador do Mundo Botafogo)
e Rui Moura (editor do Mundo Botafogo).
2 comentários:
Esse jogo foi uma loucura. O Loco Abreu quase me deixou louco e na hora que o Adriano foi bater o penâlti, disse prá mim mesmo: o Jeferson vai defender. Amigos meus que foram ao jogo e estavam atrás do gol do Jeferson, me disseram que a torcida gritou tantos impropérios para o Adriano, principalmente em relação a ex namorada, que ele ficou completamente desconcentrado e, diante do monstro de goleiro que é o Jeferson, concentrado já é difícil, iminagina sem a concentração. Torcida não ganha jogo, mas pode ajudar a ganhar. Abs e SB!
Loucura é pouco, Sergio... Presenciei ao vivo as emoçõe sda conquista do campeonato carioca e da taça guanabara em 1968 e a estreia do Botafogo dono do nosso atual estádio contra o River Plate, que muito me emocionou. Mas talvez o mais delirante tenha sido um quarto momento que acompanhei na televisão: a decisão de 2010. Jamais me esquecerei de mais um baile dado aos cathartiformes: o 'matador' esparramado de bundo no chão e a expressão trágico-suicida de Adriano na perda do pênalti tão bem defendido, são duas imagens que jamais sairão da minha mente e jamais deixarão de constituir mais duas espinhas cravadas na gargantas dos imundos da Gávea.
Abraços Gloriosos.os três primeiros e por televisão quatro momentos muito emocionantes
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