escrito para o blogue
Mundo Botafogo
Quase torpedo, ele, de esquerda, disparava,
Um terror, para todos os goleiros, constante!
Após o gol, imergia, tal submarino -
Respeitado por par, linha que maravilhava:
Eram Didi e Garrincha, os três, troféus de estante,
Na harmonia do Botafogo, um belo hino! -
Trazia a bola ao meio-campo, sem rir, discreto,
Intrigando a torcida, que não o entendia,
Nunca. Á tona retornava, acaso, o gol, perdia,
Herói às avessas! Porquê? Carência de afeto?
Ah, gols? Mais que algumas centenas, até ao teto!
[Nota do Mundo Botafogo: Quarentinha não foi convocado para a Copa de 1962 devido a lesão]
Sérgio
Sampaio, um poetinha por encomenda
dos
313 gols em 442 jogos que pelo Botafogo
marcou,
recorde do Clube, em estranha senda,
a
alma, com certeza, jogando outro estranho jogo...
2 comentários:
Prezado Sérgio, gosto muito dos seus acrósticos homenageando os campeões do Botafogo, notadamente este, sobre o Quarentinha, que vi jogar quando eu era garoto. Ele fazia o gol e não comemorava. Pegava a bola e voltava cabisbaixo – parecia envergonhado de ter marcado – ao meio campo.
Lembro que houve outro “Quarentinha” também atuando, sem o talento do original.
Fazes-me voltar lá atrás, um estegossauro,
Extinção tardia, por pouco, inconveniência,
Recorrente comentário redigindo, auro,
No meu acróstico pondo muita consistência...
A máquina do tempo, tu usas, afinal,
No retorno, teu e meu, até a pós infância?:
Domingo no Maracanã, tudo tão legal,
O sábado, sem perceber, aumentando a ânsia!
Ségio Sampaio, um poetinha,
www.umpoetinha.com.br
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