quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Voz de Joanna Maranhão

Eu lembro quando a Rafaela pegou na perna, há quatro anos, em Londres, e a galera esculachou com ela. Macaca, não sei o quê... Quatro anos agora e a Rafaela se torna heroína. Mas a Rafaela já era heroína. Desde o momento em que ela pegou a oportunidade de fazer judô. Do jeito dela, daquele jeito que ela diz que é. Eu não subi no bloco para piorar meu tempo. Kitadai não entrou no tatame para perder medalha, a Sarah não subiu no tatame para não ganhar medalha, a Erika não medalhou o ciclo olímpico inteiro e foi tão constante para não ganhar medalha, o Luciano não treinou todos esses anos para perder a vaga no final, o Cielo não escolheu ficar de fora dos Jogos Olímpicos, o 4x100m livre do Brasil não ficou em quinto porque fez corpo mole. A gente dá duro todo dia. Vocês sabem disso, mas o Brasil é um país machista, um país racista, um país homofóbico, um país xenofóbico. Não estou generalizando, mas essas pessoas existem, infelizmente. E aí, quando elas estão atrás de um computador, elas se acham no direito de fazer essas coisas. Todo mundo tem direito de discordar de meus posicionamentos políticos que são da minoria. Eu não faço parte da maioria. Mas a minha formação, a minha história, fez com que sentisse necessidade de me posicionar politicamente.” – Joanna Maranhão, atleta olímpica.

Comentário do Mundo Botafogo: Essa gente ordinária e extremada que xinga na Internet protegida pelo anonimato é filha da violência e do ódio seja qual for o seu quadrante partidário e merece um ‘tratamento especial’ dos estados democráticos respeitadores da diversidade com ética e fidalguia de modo a punir a bandalhice instalada nas redes sociais. A democracia precisa urgentemente de cercar todos os antidemocratas fundados na violência e no ódio xenófobo, racista, homofóbico, misógino ou simplesmente de natureza política.

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