“Eu lembro quando a Rafaela pegou na perna,
há quatro anos, em Londres, e a galera esculachou com ela. Macaca, não sei o
quê... Quatro anos agora e a Rafaela se torna heroína. Mas a Rafaela já era
heroína. Desde o momento em que ela pegou a oportunidade de fazer judô. Do
jeito dela, daquele jeito que ela diz que é. Eu não subi no bloco para piorar
meu tempo. Kitadai não entrou no tatame para perder medalha, a Sarah não subiu
no tatame para não ganhar medalha, a Erika não medalhou o ciclo olímpico
inteiro e foi tão constante para não ganhar medalha, o Luciano não treinou
todos esses anos para perder a vaga no final, o Cielo não escolheu ficar de
fora dos Jogos Olímpicos, o 4x100m livre do Brasil não ficou em quinto porque
fez corpo mole. A gente dá duro todo dia. Vocês sabem disso, mas o Brasil é um
país machista, um país racista, um país homofóbico, um país xenofóbico. Não
estou generalizando, mas essas pessoas existem, infelizmente. E aí, quando elas
estão atrás de um computador, elas se acham no direito de fazer essas coisas.
Todo mundo tem direito de discordar de meus posicionamentos políticos que são
da minoria. Eu não faço parte da maioria. Mas a minha formação, a minha história,
fez com que sentisse necessidade de me posicionar politicamente.” – Joanna Maranhão, atleta olímpica.
Comentário do Mundo
Botafogo: Essa gente
ordinária e extremada que xinga na Internet protegida pelo anonimato é filha da
violência e do ódio seja qual for o seu quadrante partidário e merece um
‘tratamento especial’ dos estados democráticos respeitadores da diversidade com
ética e fidalguia de modo a punir a bandalhice instalada nas redes sociais. A democracia
precisa urgentemente de cercar todos os antidemocratas fundados na violência e
no ódio xenófobo, racista, homofóbico, misógino ou simplesmente de natureza
política.
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