“O impasse já foi criado na renovação de Luís
Henrique, mas o Botafogo trabalha para aparar as arestas e encontrar soluções.
Dias após Tanara Farinhas, mãe e representante do atacante, criticar a falta de planejamento do clube para aproveitar
o jovem de 18 anos, a diretoria alvinegra
buscou uma reaproximação e tem feito reuniões com a empresária nas últimas
semanas. Em pauta nos encontros, uma força-tarefa para tentar reerguer o garoto
e convencê-lo a renovar seu vínculo em General Severiano, que vai até maio de
2017 – a partir de novembro, ele já estará livre para assinar um pré-contrato
com outra equipe se assim preferir.” – Globoesporte.com
O Mundo Botafogo
avisou e tornou a avisar os erros crassos cometidos com Luís Henrique desde que
foi lançado como recurso no comando do ataque, sem que tivesse experiência para
tal.
Efetivamente,
Ricardo Gomes, a braços com a falta de atacantes, não hesitou em lançar mão de
um jovem de 17 anos na equipe titular e, tendo tido a sorte pelo seu lado nos
dois primeiros jogos, deu-lhe a responsabilidade do comando de ataque sem
nenhuma precaução relativamente ao futuro que, conforme referi largamente, iria
acabar mal.
Dar uma tal
responsabilidade a um jovem de 17 anos seria «matá-lo», porque com essa idade
só verdadeiros craques sobrevivem em equipes principais sem que sejam
devidamente acompanhados (Pelé, PC Lima, Jairzinho e outros começaram muito
cedo, mas essas eram craques, coisa que não está ao alcance de Luís Henrique). Sugeri
o recuo na estratégia de manter Luís Henrique na equipe principal, fazendo-o
jogar nos juniores durante este ano e recuperá-lo técnica e pedagogicamente
para 2017. Mas, em boa verdade, Luís Henrique não teve acompanhamento
pedagógico e técnico adequado e considerei, várias vezes, que o gerente do
departamento de futebol e a comissão técnica acabariam com a prometida
«pérola». E aí está.
O pior de tudo é
que uma boa parte da torcida delirou desde logo com Luís Henrique e enquanto o
chamavam de ‘xodó’ e garantiam que ele era a nossa ‘salvação’, eu escrevia que
ele seria cilindrado pela incompetência do departamento de futebol e da
comissão técnica. Agora, perante a evidência, aparecem a tentar reconquistar
aquilo que a incapacidade desta diretoria atirou pela janela fora.
Porque continuo a
afirmar desde que me desliguei do apoio inicial concedido a esta diretoria que
a única área efetivamente bem sucedida foi a financeira, entregue ao
competentíssimo Bernardo Santoro, que recuperou as finanças do clube até um
ponto bem interessante, mas que se demitiu um ano depois de empossado.
Somente após as
justas críticas de Tanara Farinhas é que o Botafogo se lembrou que Luís
Henrique pode assinar um pré-contrato já em novembro próximo com outro clube.
Que incompetentes o Botafogo tem gerado neste século!
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