sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Luís Henrique e a incompetência instalada

O impasse já foi criado na renovação de Luís Henrique, mas o Botafogo trabalha para aparar as arestas e encontrar soluções. Dias após Tanara Farinhas, mãe e representante do atacante, criticar a falta de planejamento do clube para aproveitar o jovem de 18 anos, a diretoria alvinegra buscou uma reaproximação e tem feito reuniões com a empresária nas últimas semanas. Em pauta nos encontros, uma força-tarefa para tentar reerguer o garoto e convencê-lo a renovar seu vínculo em General Severiano, que vai até maio de 2017 – a partir de novembro, ele já estará livre para assinar um pré-contrato com outra equipe se assim preferir.” – Globoesporte.com

O Mundo Botafogo avisou e tornou a avisar os erros crassos cometidos com Luís Henrique desde que foi lançado como recurso no comando do ataque, sem que tivesse experiência para tal.

Efetivamente, Ricardo Gomes, a braços com a falta de atacantes, não hesitou em lançar mão de um jovem de 17 anos na equipe titular e, tendo tido a sorte pelo seu lado nos dois primeiros jogos, deu-lhe a responsabilidade do comando de ataque sem nenhuma precaução relativamente ao futuro que, conforme referi largamente, iria acabar mal.

Dar uma tal responsabilidade a um jovem de 17 anos seria «matá-lo», porque com essa idade só verdadeiros craques sobrevivem em equipes principais sem que sejam devidamente acompanhados (Pelé, PC Lima, Jairzinho e outros começaram muito cedo, mas essas eram craques, coisa que não está ao alcance de Luís Henrique). Sugeri o recuo na estratégia de manter Luís Henrique na equipe principal, fazendo-o jogar nos juniores durante este ano e recuperá-lo técnica e pedagogicamente para 2017. Mas, em boa verdade, Luís Henrique não teve acompanhamento pedagógico e técnico adequado e considerei, várias vezes, que o gerente do departamento de futebol e a comissão técnica acabariam com a prometida «pérola». E aí está.

O pior de tudo é que uma boa parte da torcida delirou desde logo com Luís Henrique e enquanto o chamavam de ‘xodó’ e garantiam que ele era a nossa ‘salvação’, eu escrevia que ele seria cilindrado pela incompetência do departamento de futebol e da comissão técnica. Agora, perante a evidência, aparecem a tentar reconquistar aquilo que a incapacidade desta diretoria atirou pela janela fora.

Porque continuo a afirmar desde que me desliguei do apoio inicial concedido a esta diretoria que a única área efetivamente bem sucedida foi a financeira, entregue ao competentíssimo Bernardo Santoro, que recuperou as finanças do clube até um ponto bem interessante, mas que se demitiu um ano depois de empossado.

Somente após as justas críticas de Tanara Farinhas é que o Botafogo se lembrou que Luís Henrique pode assinar um pré-contrato já em novembro próximo com outro clube. Que incompetentes o Botafogo tem gerado neste século!

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