por CARLOS VILARINHO
especialmente para o Mundo Botafogo
sócio-proprietário e historiador do
Botafogo de Futebol e Regatas
O Botafogo era mais técnico
[contra o Valencia] e tinha a iniciativa das ações. Aos 17, num tiro de
Garrincha, a defesa salva, mas Amarildo atira de volta: 1x0. Aos 33, o
ponta-esquerda Ficha cruza para o meia-esquerda Ribelles empatar: 1x1. Na hora
do gol, fazendo-se de vítima o uruguaio Hector Núñez agride Chicão a socos, mas
sofre o revide. Forma-se o sururu. Todos os jogadores, incluindo Paulo Amaral e
os reservas, travam luta corporal com os espanhóis. O péssimo juiz Blanco Pérez
chama a polícia e decide expulsar Chicão
e Núñez.
Na fase final, aos 21, num passe
de Ficha, Kocsis invade o flanco esquerdo da defesa e vira o placar: 1x2. Aos
2, sem ângulo, Neivaldo empata: 2x2. Aos 40, o lateral esquerdo Egea
chuta da linha média e o couro, passando por uma floresta de pernas, trai
Ernani: 2x3. Que injustiça!
O diário El Mundo Deportivo
comentou: “O Botafogo mostrou um jogo excelente, porém, um mal gênio evidente.
Seus homens exibiram grande técnica, destacando-se Didi, Garrincha, o goleiro e
o lateral direito [Cacá]”.
[Nota do Mundo Botafogo: a imprensa
desportiva queixou-se, mas, na verdade, aquele era o grande Botafogo que não
levava desaforos para casa, fosse contra espanhóis aguerridos ou contra algum
extra-terrestre: nesse tempo tínhamos honra e a camisa pesava…”]
Fonte do
excerto: VILARINHO, C. F. (2016). O
Futebol do Botafogo 1961-1965. Edição do Autor: Rio de Janeiro, pp. 32.
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