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Benjamin de Almeida Sodré, conhecido por ‘Mimi Sodré’, nasceu a 10 de Abril de 1892 em Mecejana, no Ceará, e faleceu a 1 de Fevereiro de1982 no Rio de Janeiro.
Flávio Ramos relembra, em entrevista citada por Castro (1951: 14), factos pitorescos dos primeiros anos do Botafogo do futebol, tais como “Mimi Sodré querendo ingressar no clube e sendo recusado por ser criança de calças curtas”. Porém, Mimi Sodré (na fotografia dos campeões de 1910, Mimi é o segundo da fila da frente a contar da direita) acabaria sendo duas vezes campeão carioca pelo alvinegro em 1910 e 1912. Em 1910 Mimi Sodré foi o terceiro artilheiro do Botafogo no campeonato carioca com 11 gols, em 1912 foi artilheiro com 12 gols e em 1913 bisou a artilharia assinalando 13 gols.
Mimi Sodré ganhou também o Troféu Interestadual Rio-São Paulo, em 1910, integrando a equipa que venceu o Palmeiras por 7x2, assinalando um gol.
Personagem multifacetada, o futebolista jogava na ponta esquerda, representando, entre 1910 e 1916, o América, o Botafogo e a Selecção brasileira, na qual jogou duas vezes em 1916 e marcou um gol, precisamente na vitória por 1x0 sobre o Uruguai, no Parque Central, em Montevideu. Mas, além disso, foi escoteiro e oficial da Marinha.
Efectivamente, Mimi tornou-se uma referência na história do escutismo brasileiro, sendo aí conhecido por ‘Velho Lobo’, porque participou da fundação dos ‘Escuteiros do Mar’, da União dos Escuteiros do Brasil e outros grupos, bem como foi autor, em 1925, do ‘Guia do Escuteiro’. De entre vários títulos e medalhas, o ‘Velho Lobo’ foi designado ‘Cidadão Honorário do Rio de Janeiro’, bem como de outros Estados, e presidente da ‘Ordem do Tapir de Prata’, a mais alta condecoração do escutismo brasileiro. Por isso o nome do Almirante Benjamim Sodré designa grupos de escuteiros, ruas e outros espaços públicos.
Por outro lado, Mimi Sodré realizou uma importante carreira na Marinha desde a sua entrada para a Escola Naval, na qual se diplomou com distinção e exerceu as disciplinas de Astronomia, Navegação e História como professor. Em 1913 ele sobreviveu a um naufrágio do rebocador Guarani, chefiou a Comissão Naval Brasileira durante a II Grande Guerra Mundial e atingiu o posto de Almirante em 1954.
A personalidade deste destemido botafoguense ficou bem patente durante um jogo em que representava o escrete militar brasileiro contra o Chile quando Mimi pediu ao juiz que anulasse um gol seu num lance em que a bola lhe batera na mão e entrara na baliza. Esta e outras atitudes semelhantes fizeram com que Mimi Sodré fosse considerado o mais honesto craque do futebol brasileiro.
Flávio Ramos relembra, em entrevista citada por Castro (1951: 14), factos pitorescos dos primeiros anos do Botafogo do futebol, tais como “Mimi Sodré querendo ingressar no clube e sendo recusado por ser criança de calças curtas”. Porém, Mimi Sodré (na fotografia dos campeões de 1910, Mimi é o segundo da fila da frente a contar da direita) acabaria sendo duas vezes campeão carioca pelo alvinegro em 1910 e 1912. Em 1910 Mimi Sodré foi o terceiro artilheiro do Botafogo no campeonato carioca com 11 gols, em 1912 foi artilheiro com 12 gols e em 1913 bisou a artilharia assinalando 13 gols.
Mimi Sodré ganhou também o Troféu Interestadual Rio-São Paulo, em 1910, integrando a equipa que venceu o Palmeiras por 7x2, assinalando um gol.
Personagem multifacetada, o futebolista jogava na ponta esquerda, representando, entre 1910 e 1916, o América, o Botafogo e a Selecção brasileira, na qual jogou duas vezes em 1916 e marcou um gol, precisamente na vitória por 1x0 sobre o Uruguai, no Parque Central, em Montevideu. Mas, além disso, foi escoteiro e oficial da Marinha.
Efectivamente, Mimi tornou-se uma referência na história do escutismo brasileiro, sendo aí conhecido por ‘Velho Lobo’, porque participou da fundação dos ‘Escuteiros do Mar’, da União dos Escuteiros do Brasil e outros grupos, bem como foi autor, em 1925, do ‘Guia do Escuteiro’. De entre vários títulos e medalhas, o ‘Velho Lobo’ foi designado ‘Cidadão Honorário do Rio de Janeiro’, bem como de outros Estados, e presidente da ‘Ordem do Tapir de Prata’, a mais alta condecoração do escutismo brasileiro. Por isso o nome do Almirante Benjamim Sodré designa grupos de escuteiros, ruas e outros espaços públicos.
Por outro lado, Mimi Sodré realizou uma importante carreira na Marinha desde a sua entrada para a Escola Naval, na qual se diplomou com distinção e exerceu as disciplinas de Astronomia, Navegação e História como professor. Em 1913 ele sobreviveu a um naufrágio do rebocador Guarani, chefiou a Comissão Naval Brasileira durante a II Grande Guerra Mundial e atingiu o posto de Almirante em 1954.
A personalidade deste destemido botafoguense ficou bem patente durante um jogo em que representava o escrete militar brasileiro contra o Chile quando Mimi pediu ao juiz que anulasse um gol seu num lance em que a bola lhe batera na mão e entrara na baliza. Esta e outras atitudes semelhantes fizeram com que Mimi Sodré fosse considerado o mais honesto craque do futebol brasileiro.
Fontes principais
Acervo e pesquisa de Rui Moura
Castro, Alceu Mendes de Oliveira (1951), O Futebol no Botafogo (1904-1950), Rio de Janeiro: Gráfica Milone
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