Brasil Olímpico em 1960: quinteto de ataque composto por (agachados da esquerda para a direita): Vanderlei, China, Manoelzinho, Gérson Canhotinha de Ouro e Germano.
José Ricardo da Silva, o ‘China’, nasceu a 11 de Setembro de 1939, em Fortaleza, e faleceu em finais da década de 1990, na cidade de Rapallo, em Itália, aproximadamente aos 60 anos de idade. Foi o primeiro cearense a disputar os Jogos Olímpicos, na modalidade de futebol, em 1960, em Roma, na época em que integrava o ataque do Botafogo de Futebol e Regatas.
Integrando o plantel do Glorioso entre 1959 e 1962, China tinha 1,80m. e 78 quilos, sendo medalha de prata no Pan-Americano de 1959, em Chicago. Entretanto, a CBD convocou-o para as Olimpíadas de Roma, mas a equipa comandada por Vicente Feola foi eliminada pela Itália logo na 1ª fase da Copa. O atleta atuou 17 vezes pela seleção olímpica e assinalou 18 gols.
Nessa época China atuava no Botafogo ao lado de Didi, Garrincha e Nilton Santos, mas, apesar do seu oportunismo a marcar gols, China não tinha lugar no formidável ataque tecnicista botafoguense do início dos anos sessenta: Didi, Garrincha, Amarildo, Quarentinha e Zagallo. À exceção de Quarentinha, que não foi convocado para a Copa devido a lesão, aquele viria a ser o ataque bicampeão mundial de futebol…
Sem lugar no Botafogo entre 1960 e 1962, China rumou à Europa após ter despertado a atenção dos italianos nas Olimpíadas, onde permaneceu durante vários anos (1962-1968), marcando 37 gols em 101 partidas pelo campeonato italiano. Entre 1962 e 1965 foi jogador da Sampdoria, em Itália, marcando 29 gols em 70 jogos. O bom desempenho do atleta levou-o até à Roma, tendo permanecido um ano na capital italiana entre 1965-1966, onde marcou apenas 3 gols em 12 jogos. Entre 1966-1967 China jogou no Vicenza, marcando 4 gols em 12 jogos e em 1967-1968 passou pelo Mantova, jogando apenas dois jogos sem marcar gols.
Em queda de desempenho após a saída da Sampdoria, China regressou ao Brasil em 1969, integrando o plantel do Bangu, no qual permaneceu até 1972. Porém, o atleta não foi feliz no seu regresso: em 1969 jogou cinco partidas e não assinalou nenhum gol (perdendo por 6x0 para o Botafogo), e não tornou a jogar pelo Bangu até à sua saída em 1972.
Então, com 33 anos, China decidiu rumar ao futebol suíço e perdeu-se completamente o rasto deste promissor atacante olímpico como jogador de futebol. Sabe-se que após a aposentadoria fixou residência na região metropolitana genovesa até falecer em Rappalo.
China obteve conquistas apenas pelo Botafogo de Futebol e Regatas: bicampeão carioca em 1961 e 1962; bicampeão do Torneio Início 1961 e 1962; campeão do Torneio Rio-São Paulo em 1962.
Pesquisa de Rui Moura (blogue Mundo Botafogo). Fontes: Calciopédia; http://en.wikipedia.org; http://portoroberto.blog.uol.com.br; http://www.bangu.net.
9 comentários:
Tenho uma revista placar de 1972 que registra a passagem de china pelo futebol europeu.
Vou dar uma olhada para saber qual o time.
Zé Neto,o China jogou em várias equipes italianas, mas depois perdeu-se o rasto dele. Será possível sabermos mais?
Abraços Gloriosos.
Conheci familiares dele, na década de sessenta, em Brasília-Df. Perdi o contato.
Também gostaria de saber que fim levou, pois, sou botafoguense desde meados da década de 1950.
Caro amigo, como a publicação já tem 10 anos foi em busca de mais informaçãoes e, entretanto, descobri a cidade e o ano aproximado do falecimento de China. Já acrescentei ao blogue breves informações no início e no fim da publicação.
Abraços Gloriosos.
Será que não se poderá contatar , com alguem da cidade de Rappallo, na Italia, para pesquisar os registros de obitos nesa cidade ?
Muito difícil, meu amigo. Já vasculhei arquivos (por internet) na cidade e nada encontrei sobre morte de China. Tenho amigos italianos, mas não conheço ninguém em Rappallo.
Abraços Gloriosos.
Eu estou fazendo um fichario (cadernos) com o perfil de alguns jogadores ( tirados da Revista do Esporte) . Non saberiam me dizer o nome dos pais do China, sua esposa, sei que tem um filho na Italia de nome: Allessandro David da Silva, e mais nada. Muito obrigado.
Eu não sei, meu amigo. Normalmente não procuro esse tipo de dados, a não ser em casos especiais de certas publicações que exigem esse tipo de pesquisa, mas não no caso de jogadores. Abraços Gloriosos.
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