domingo, 29 de setembro de 2013

Botafogo 0x1 Ponte Preta

Confirmou-se o que sempre temi. Em todo o campeonato mantive-me prudente e alguns companheiros não concordavam com as minhas críticas e os meus avisos. Que se confirmaram, tal como a lógica apontava, tendo em consideração o plantel curto do Botafogo após o desmanche ocorrido.

Cedi à minha proverbial prudência analítica quando o Botafogo venceu Criciúma e Santos fora de casa e Corinthians em casa, porque tudo apontava para um calendário mais favorável que o do Cruzeiro e a equipa parecia não perder o fôlego – e o Hyuri prometia ser uma arma impressionante. Mas foi justamente quando admiti acreditar que o Botafogo podia disputar o título, que o time se afundou. Enganei-me por duas semanas apenas. Tivemos, então, nada mais, nada menos, do que uma sequência de três derrotas e um empate, sendo que três jogos foram com equipas de 2ª linha e lutando para fugirem à ameaça do rebaixamento. É certo que houve arbitragens desfavoráveis, mas não são suficientes para justificar a nulidade da equipa.

Alguns companheiros, quando eu escrevia que a gestão da capacidade física não estava a ser feita, que devíamos privilegiar a Copa do Brasil e manter o time a disputar apenas o G4, e que o time estourou devido às exigências de estar sendo pressionado por todos nós para fazer mais do que podia, alguns companheiros, dizia eu, afirmavam que não era o cansaço o responsável por tantas asneiras sucessivas nos últimos quatro jogos - e que ainda 'acreditavam' no título.

Se não era o cansaço, o que era? Se a equipa mostrava capacidade técnica e os mesmos jogadores deixaram de a ter subitamente, o que se passaria então? Se Seedorf parou de correr e de jogar, o que seria se não cansaço? Se até Dória começou a fazer asneiras inacreditáveis, o que seria se não cansaço? Se Rafael Marques caiu de produção radicalmente, o que teria acontecido?

Em minha opinião, foi mais um ano sem planos com navegação à vista, e como as coisas foram correndo bem, o diretor de futebol chegou a dizer, mais do que uma vez, que íamos conquistar tudo. A torcida, nas redes sociais, tinha como adquirido o título e a Copa do Brasil. E cornetava todos aqueles que mantinham a prudência. Agora, essa parte da torcida deve estar refugiada nas suas carcaças vazias à espera de mais um período brilhante num 2014 sem planos, mas fugazmente capaz de exacerbar novamente as emoções para, em seguida, nos fazer mergulhar em mais uma desesperada imagem de Cri-Cri arrancando cabelos como sugeria Nelson Rodrigues. Ano após ano. Ano após ano. Ano após ano.

Há um clube que foi muito mais sagaz do que nós, está ‘voando’ surpreendentemente e merece ganhar alguma coisa pela inteligência mostrada ao estender a sua pré-época e disputar o estadual com a equipa de juniores: o Atlético Paranaense. A comissão técnica fez uma gestão espetacular do preparo físico e está ganhando devido às forças que conseguiu acumular, arriscando-se a ser o time vice-campeão brasileiro e vencedor da Copa do Brasil. E não poderá ser campeão porque, como me escreveu o meu amigo Luiz Biriba num e-mail de Agosto, o Cruzeiro estava destinado ‘oficialmente’ a ser o campeão de 2013. Nunca revelei isto para não levantar celeumas, mas parece que estava escrito nas estrelas do Cruzeiro do Sul e nós fomos incapazes de ultrapassar a situação com a nossa única Estrela Solitária.

Meus amigos, convençamo-nos de uma vez por todas que só com um plane(j)amento sério e seguido à risca, tal como eu referi nos meus últimos comentários aos jogos do Botafogo, e em todos estes anos de blogue, se pode ter a veleidade de disputar títulos difíceis. Desmanchamos um plantel, ‘voamos’ no inexpressivo Campeonato Carioca, apostamos acima das nossas possibilidades e caímos como anjos desamparados quando, ultrapassados os limites do time, não havia mais fôlego. E agora todos sabem como bloquear uma equipa cansada.

Ano após ano digo o mesmo: o campeonato estadual é para preparação, para testar jogadores, para servir de laboratório. A aposta seria nas outras competições, designadamente lutar pelo G4 e pela conquista da Copa do Brasil ou da Copa Sul-Americana. E gerir a equipa para essas metas. No ano seguinte, com a equipa mais consolidada, então tornaríamos a dispensar o estadual, a investir na Taça Libertadores das Américas e tornar a ficar no G4. No 3º ano disputaríamos, então, o título brasileiro – consistentemente. E, quem sabe, teríamos conquistado a Copa do Brasil no 1º ano, a Libertadores no 2º ano e o Campeonato Brasileiro no 3º ano.

Porém, não é assim que funciona o Botafogo, não é assim que funciona a torcida. O amadorismo e a excessiva emocionalidade superam a racionalidade, superam a prospectiva, superam o discernimento. Não há consistência nos curtos prazos, só nos médios e nos longos prazos.

Quando se parte à aventura sem uma rota, pode ser emocionante andarmos por aqui e por ali descobrindo coisas novas e obtendo algum sucesso na caminhada, mas isso não nos leva longe porque não há um plano guia que nos reoriente para retomar a rota e chegar ao destino. Transformamo-nos em Jobson. Muitas vidas prometedoras têm ficado pelo caminho porque a emoção, como diz um amigo meu, também deve ser alvo de um plano, de treino, de contenção, de persistência, e quando a emoção estoura em vitória e alegria, ela é tributária da razão que lhe sustentou o caminho do sucesso.

E enquanto não pensarmos bem e não discernirmos melhor ainda, como muito bem fez o Atlético Paranaense, não passaremos das emoções frustradas ano após ano. Não temos uma torcida globalmente capaz de mudar as coisas pressionando a diretoria, não temos uma diretoria sabedora de futebol para pressionar as comissões técnicas, não temos comissões técnicas com treinadores estudiosos, os quais não se atualizam e não trocam experiências com homólogos internacionais, não buscam as melhores práticas e seguem ensinando aos jogadores um futebol baseado no seu empirismo de ex-jogadores. Dificilmente se conseguirá fazer melhor em 2014, porque os erros vão repetir-se novamente e não teremos uma equipa bem preparada tecnicamente, emocionalmente e fisicamente - tudo o que necessita um campeão.

Lamento ter cedido à minha emoção e abandonado a sageza do meu racionalismo após a sequência de vitórias sobre o Curitiba, o Criciúma, o Corinthians e o Santos, todos jogos difíceis, para cairmos logo em seguida perante os ‘poderosíssimos’ times do Bahia, do Flamengo, da Ponte Preta… Esfarrapados, sem brilho nem arte.

É claro que o que resta agora é, finalmente, hem, finalmente!, após os fracassos e, mais uma vez, sem o aconselhável plano preventivo, priorizar a Copa do Brasil. Creio, contudo, que é tarde. O estado de graça perdeu-se e dificilmente aguentaremos o G4, assim como dificilmente venceremos a Copa do Brasil. O nosso tempo esgotou-se. Desejo estar enganado.

FICHA TÉCNICA
Botafogo 0x1 Ponte Preta
» Gol: Elias, aos 42’
» Competição: Campeonato Brasileiro
» Data: 28.09.2013
» Local: Estádio do Maracanã
» Arbitragem: Francisco Carlos do Nascimento (AL) Auxiliares: Luiz Carlos Silva Teixeira (AL) e Fábio Pereira (AL)
» Disciplina: cartão amarelo – Hyuri (Botafogo) e Elias e Artur (Ponte Preta)
» Botafogo: Jefferson, Edilson, Bolívar, Dória e Lima; Marcelo Mattos (Alex), Gabriel, Lodeiro, Seedorf (Henrique) e Hyuri (Otávio); Rafael Marques. Técnico: Oswaldo de Oliveira.
Ponte Preta: Roberto, Artur, Ferron, Diego Sacoman e Uendel; Baraka, Fellipe Bastos, Alef (Magal) e Elias (Fernando Bob); Rildo e Adaílton (Adrianinho). Técnico: Jorginho.

17 comentários:

Aurelio Bulhões Pedreira de Moraes-Jornalista disse...

Ninguém desaprende a jogar futebol. Estão claramente cansados, basta ver a imagem de Seedorf no banco, ao ser substituído, esbaforido e parecendo estar a beira do colapso. Ao meu ver, ele não deve ser escalado tão cedo. Por que não escalar mais garotos frente ao Fluminense? Por que Jéfferson Paulista não joga? E Sassá? Por que não escalar logo Bruno Mendes? O que temos a perder?
Agora é tentar salvar o ano. Times muito piores e com mais problemas de desgaste e perda de atletas já conseguiram se classificar para a Libertadores na era dos Pontos Corridos e também vencer a Copa do Brasil, contando às vezes com a casualidade.

Por ser clássico, talvez ganhemos do Fluminense. Se perdermos mais uma ou duas partidas em sequência, a equipe desmotiva-se de vez e vai continuar ouvindo os gritos de "time sem-vergonha". A culpa é dos atletas ou da diretoria, que desfez-se de Fellype Gabriel, Márcio Azevedo, Andrezinho etc?
Imaginem se tivéssemos hoje esses jogadores no elenco (nem vou citar Vitinho).

E voltam os problemas de sempre, como quando Lima cometeu aquele pênalti duvidoso e foi vaiado pela torcida, o que deixou o time mais nervoso.

Problemas de jogo:
Por que Marcelo Mattos insiste em chutar de fora da área, sendo que ele sempre erra? Por que Dória está a fazer lançamentos longos e sempre errando, sendo que nunca foi sua especialidade?
Como um time na parte de cima da tabela é desarmado mais de 60 vezes por um time da zona de rebaixamento?
O que está acontecendo com Lodeiro, que tem errado até cobrança de escanteio, cobrando-o bisonhamente por fora do campo?
Isto não tem explicação.

Nosso fio de esperança é que o time consiga se manter no G4 e que talvez consiga a Copa do Brasil. Lembremos que o Palmeiras, rebaixado, conseguiu no ano passado.
Quem sabe com um empate fora, uma disputa de pênaltis ali, um placar magro acolá e dê para levarmos o torneio.

Já para se manter no G4, o Botafogo precisa voltar logo a vencer. Há de se ter uma conversa com o time, barrar as peças que não estão rendendo etc.

Marcos disse...

É meu amigo, é muito triste a situação do Botafogo ... deveríamos ter poupado Seedorf desse jogo, jogar com Octávio ou outro moleque. Será que na quarta ele jogará? provavelmente ... e haja vaia e desmotivação caso ocorra novo fracasso, o que não é difícil visto se tratar de clássico.

Sergio Di Sabbato disse...

Rui, perfeito como sempre. Sempre comentei em alguns fóruns, que o campeonato estadual deveria ser um laboratório para se montar uma equipe e priorizar o brasileiro e copa do brasil. Infelizmente as nossas diretorias se contentam com um carioca e o planejamento é feito para os 4 primeiros meses do ano, tanto que sempre perdemos jogadores importantes depois do carioca. Uma pena que nossas diretorias nas últimas décadas não saibam administrar o clube e chegarmos na condição a que chegamos hoje. Esse ano tínhamos uma equipe que poderia chegar na copa do brasil e pelo menos entre os 3 primeiros do brasileiro, mas parece que a vaquinha tá indo pro brejo com sino e tudo. E pior, embora não seja desculpa, mas arbitragens começam a dar o de sua (des)graça, com serros absurdos, ou seja, a equipe vai mal e arbitragem ajuda a afundá-la ainda mais. Isso só demonstra a que ponto chegou a falta de respeito e representatividade do Botafogo. Mas o nosso presidente adora as entidades e os nossos "co-irmãos". Sempre os trata bem, a despeito de sermos sempre mal tratados. Mais uma vez perdi as esperanças e não acredito em mais nada esse ano,l salvo um verdadeiro milagre. Mas milagres só acontecem quando os procuramos e esse não parece ser o caso do Botafogo. Abs e SB!

Ruy Moura disse...

Comentários justíssimos, Aurélio.

Seedorf parecia realmente à beira do colapso e pensei isso mesmo. Não dá para jogar sucessivos jogos com 38 anos quase. Se houvesse realmnete inteligência discernente por aquelas bandas, já havia um plano para o Seedorf. Acabaremos vaiando até o Seedorf e a equipa não ganhará nada com isso. O prestígio de ter-se trazido o Seedorf e o prestígio do Seedorf vão por água abaixo. pergunto sempre e mais uma vez: com o é possível nós vermos isso, falarmos isso há vários jogos e continuem a insistir em rebentar o homem.

Em minha opinião, mais do que ser a pedra-base da equipa, Seedorf deveria ser o nosso 'embaixador' dentro e fora de campo, aproveitando-se o respeito que todos nutrem por ele. Mas não, faz-se o contrário e põe-se a equipa a dependenr de um homem de quase 38 anos.

Quanto ao Dória, é só chutão; ele não tem boa saída de bola e está jogando bastante mal.

Marcelo Mattos nunca mais percebe que não sabe chutar, e a comissão técnica também não.

Acho que vai ser difícil manter o G4, porque há equipas a recomeçar boas sequências. Vamos ver.

Claro que a Copa do Brasil é a nossa chance. Digo isso há imenso tempo, mas certamente que só agora é vão priorizar a Copa. Esperemos que a sorte nos ajude.

Mas não vejo uma comissão técnica dinâmica. Perdeu a sorte e tecnicamenteé mediana.

Abraços Gloriosos!

Ruy Moura disse...

Pois é, Marcos. Ou a comissão técnica faz algo ou vai ser difícil daqui para a frente. Mas se a CT não fez até aqui, conseguirá fazer melhor? Os 'coelhos' Hyuri e Octávio também se esfumaram depressa... Confesso que estou receoso quanto ao nosso astral.

Abraços Gloriosos!

Ruy Moura disse...

O mais interessante, Sérgio, é que a diretoria teve a visão de contratar o Seedorf, mas o aproveitamento está a ser muito mal explorado.

Concordo inteiramente que o presidente erra na sua gestão. Ele esforça-se, a equipa esforça-se, mas como tenho dito são fracos.

Eu só tenho realmente esperança num novo presidente e num novo executivo capaz de mudar o Botafogo como parece que o presidente do Sporting está a mudar não só o time mas também o clube, bloqueando todos os velhos jarretas e os políticos que usam o Sporting.

Mas o presidente do SCP é eleito por sufrágio universal de todos os sócios, enquanto o Botafogo tem um estatuto que dificulta muito tirar o clube das mãos dos protagonistas sem visão e que dominam o clube há décadas. Bebeto de Freitas foi a exceção, e por isso tão brutalmente atacado e boicotado durante seis anos.

Quem defende ajoelhado a atual diretoria, dizendo que foi ela que fez tudo, esquece-se que foi Bebeto que nos foi buscar à 2ª divisão quando nem dinheiro tínhamos para pagar a luz, que foi ele que tornou a montar grandes equipas, que foi durante o seu mandato que ganhamos o Engenhão. M. Assumnpção acabou finalmente por montar um bom time este ano, mas logo, logo, tratou de vender seis jogadores e perder um (vitinho) porque se recusaram a aumentar o rapaz, e quando o fizeram já era tarde e o tolo preferiu ir para a Rússia.

Abraços Gloriosos!

Gil disse...

Rui,

Será só e apenas o cansaço?
Em outros tempos, quando o time resolveu voltar de ônibus de Belo Horizonte, o Seedorf, mesmo não concordando, seria o único a voltar de avião?

Com exceção do jogo contra o Coritiba, recém operado, fui a todos os jogos no Rio. Nos últimos vejo a mesma coisa. Lodeiro correndo, se deslocando, pedindo bola e ninguém passa. Quando passa ele está cercado. Uma hora cansa.
Ontem o time estava mais estático. Inúmeros jogadores desmarcados e ninguém fazendo inversão de jogo ou passando bola. Vi o Edílson, Hyuri, Lima, Octavio, Lodeiro, nessa situação inúmeras vezes.
Quando passavam, estavam marcadas e ninguém se apresentava para uma tabela.

Desde 2007, exceção 2009, o mesmo drama.

Se for possível, peça a um dos amigos que frequentam GS levantar quantos jogadores temos na folha de pagamento. Na última vez que li algo, eram mais de 80 jogadores. Falta dinheiro ou planejamento?
A diretoria vendeu Fellype Gabriel e Vitinho por não ter dinheiro. Sempre dizem isso, mas qual o motivo de contratarem tantos outros que não nos servem.
Confirme, pois li que alguns foram devolvidos dos empréstimos para times da série B,C,D, por baixa produtividade. Como servem ou foram indicados para o Botafogo?
PLANEJAMENTO! INTERESSES?

Perdemos o segundo jogo consecutivo para times inferiores e que estavam desfalcados! Isso mesmo! O Bahia e a Ponte não estavam com seus times completos!

O monge japonês pelo terceiro ou quarto jogo seguido fez as mesmas substituições! Sendo que desde a primeira vez não deu certo!
Adianta "trocentos" atacantes que não recebem a bola e quando, e se recebem, não sabem fazer gols?
O monge japonês pelo segundo ou terceiro jogo escala o Rafael Marques como atacante, mesmo tendo o pior momento da sua carreira nessa posição anteriormente.

A fisionomia do Seedorf era só cansaço ou raiva contida, desilusão?

A diretoria acertou com as contratações do Loco Abreu e do Seedorf. Como o Loco o final não foi muito feliz! Farão ou darão o mesmo final ao Seedorf?

Como você sempre colocou, espero que priorizem a Copa do Brasil! Caso contrário, será mais um ano do mesmo! Nesse caso, será muito pior, pois acho muito difícil a torcida acreditar no próximo ano!

Abs e Sds, Botafoguenses!!!

Gil disse...

Rui,

Mais uma coisa!
Observa como a figura NEFASTA do Mantuano aparece em todas as homenagens que o Botafogo faz ultimamente!
É assim no Remo e em outras atividades. Ontem, novamente, no campo entregando homenagem aos jogadores campeões da Conmebol!

Esse é o planejamento! Devem estar planejando mais um rebaixamento e "quintuplicarem" as dívidas que o atual presidente aumentou!
Quem sabe perderem ou entregarem os imóveis e patrimônios recuperados!
Essa é a "expertise" dele!

Abs e Sds, Botafoguenses!!!

Anónimo disse...

Sinceramente, não sei o que dizer. Após a derrota para o Cruzeiro, péssimas partidas contra Bahia e Ponte Preta e péssimo primeiro tempo contra o Flamengo. Todos no Maracanã! E os dois próximos jogos serão nele (Flu e Grêmio).

E realmente não sei o que dizer. O que apontar de errado e o que dizer para melhorar. Basta torcer, apoiar, incentiver, orar! Para que os comandantes e os comandados do nosso glorioso e amado clube consigam reverter esse quadro.

Depende apenas de nós. Título do Brasileiro ficou improvável. Título da Copa do Brasil é possível. Há de priorizar. Mas a vaga para a Libertadores é indispensável. Disso, não podemos abrir mão.

Vamos, Botafogo! Posso estar triste nesse momento, mas desistir de você, jamais.

Saudações botafoguenses.

Thiago Hildebrandt.

Ruy Moura disse...

Gil, tocaste em vários pontos sensíveis. Começo pelo fim.

Receio que o BFR se vá endividando até ao momento em que terá que apertar o cinto para não fechar portaos, e torna-se então no América. Receio isso muito, sinceramente, porque não me admiro que os nossos inimigos colocados no aparelho de estado estejam à espera do momento mais oportuno para o golpe final. Espero que não.

Quanto ao resto, não sei se é só cansaço, mas cansaço é. Também má gestão do plantel, evidentemente. E o regresso das burrices de Oswaldo, quebn sabe perfeitamente que o Rafael Marques é uma nulidade como atacante. Até parece que quer enterrar o rapaz. É uma tolice inacreditável.

Ademais, oOswaldo mostra cair novamente na sua letargia, não mexendo na dinâmica da equipa. Vejo os jogadores com a bola nos pés e sem saberem o que fazer com ela. Vai daí perdem-na. Deixar que a 'poderosíssima' Ponte Preta nos faça mais de 50 roubadas de bola é um atestado de incompetência.

Todos os meios receios regressaram. E acho que vamos fazer o mesmo que no ano anterior, e no ano que vem o mesmo deste. Porque a diretoria será a mesma e a comissão técnica também. Além disso, os melhores atletas provavelmente sairão e também tanto me faz Oswaldo ou qualquer outro treinador, porque as comissões técnicas são medianas. Desde Cuca (incluindo o Cuca) os erros das comissões técnicas são flagrantes, mostrando uma enorme impreparação. É tudo empirismo de treinador ex-jogador de futebol.

Um dos sucessos dos treinadores portugueses na Europa (Portugal tem o maior número de treinadores em times disputando as competições europeias 2013/2014, assenta em muitos pontos, mas há um nitidamente claro: os melhores treinadores ou não jogaram futebol federado ou fizeram-no por pouco tempo, como é o caso, entre outros, do José Mourinho e do André Villas-Boas. Eles são estudiosos, não ex-atletas curiosos da tática. Eles sempre sonharam em ser treinadores profissionai, não jogadores que esperam o fim da carreira para se fazerem de treinadores. E quando isso acontece, na Europa eles estudam, frequentam cursos oficiais, vão a eventos, fazem estágios, trocam experiências.

Estou saturado da emoçãozinha barata com um time de futebol a jogar no curto prazo. Enquanto a razão não ocupar o lugar privilegiado da emoção, como os europeus fizeram, o futebol brasileiro será brincadeira de meninos. É o campeonato mais competitivo do mundo e um dos piores tecnicamente em comparação com a Europa.

O que salva o futebol brasileiro são os craques que brotam espontaneamente por toda a parte, mas o restante dos profissionais que cirandam no futebol são de uma incapacidade que até dói.

Que venha 2015.

Abraços Gloriosos!

MAM disse...

nem vi o jogo mas concordo, o time se encontra esgotado!

Ruy Moura disse...

Thiago, desistir do Botafogo julgo que nem pensar. Mas há quem depois disto vá fazer uma cura prolongada.

E... meu amigo, prepare-se para não ficarmos no G4 nem venver a Copa do Brasil. Quando a força se esvai, dificilmente regressa logo depois. Espero enganar-me.

Abraços Gloriosos!

Ruy Moura disse...

Esgotado e sem orientação, MAM. Quando se acabou Seedorf acabou-se o time. Porque o treinador é incapaz de transmitir garra. Por isso sempre disse que o Seedorf é que era o maior responsável pela nossa nova postura, não o treinador. Mas alguns dos nossos companheiros acham-no professor...

Em Portugal é costume dizer-se: "professor só se for da mula ruça".

Abraços Gloriosos!

Aurelio Bulhões Pedreira de Moraes-Jornalista disse...

Caro amigo Rui:
Confio ainda tanto na conquista da Copa do Brasil e /ou na permanência no G4 porque equipes bem piores e que oscilaram mais que a nossa já conseguiram tais feitos nos últimos anos. E aí, nem cito estatísticas malucas ou clubismos, pois são fatos que costumam ocorrer, pelos problemas que você citou corretamente sobre o futebol no Brasil.
Acho que se derrotarmos o Fluminense, pode ser o começo de uma nova reação.
Abraços e que tenhamos uma boa semana.
Piada:
Já que estamos repetindo os problemas de setembro do ano passado, conforme o Globoesporte.com, então venceremos o Fluminense, já que a partida será em outubro, ora pois.

Ruy Moura disse...

Tomara que acerte, Aurélio. Eu oriento-me pela lógica tendo em consideração os últimos anos e as tendências do time este ano. Mas é como diz: tudo é possível porque os times brasileiros não têm consistência sequer durante três anos. Veja-se o Corinthians; veja-se o Fluminense que esteve à beira da 2ª divisão e no ano seguinte foi campeão brasileiro. Veja-se o Internacional, que oscila ano após ano e tem um bom plantel.

O meu maior problema em assistir ao campeonato brasileiro, e que me dói no que respeita ao Botafogo, é que estou acostumado a que na Europa os times não oscilam desse modo de ano para ano, salvo raras exceções. Os grandes times são muito bem estruturados, têm um bom plane(j)amento e andam sempre pelos 1ºos lugares.

Abraços Gloriosos!

Aurelio Bulhões Pedreira de Moraes-Jornalista disse...

Viu que o Atlético-PR, time queridinho da imprensa esportiva, que estão chamando de "sensação do campeonato" (falaram isto mil vezes hoje, no Sportv), tomou 5 GOLS do fraco Vitória? Com direito a gol do Renato Cajá.5x3, no final das contas.

Estava conversando com outro amigo português sobre a instabilidade dos times daqui, veja o que ele disse:


"Em tempos, li uma vez um especialista de Portugal (o maior de todos, SABE TUDO) falando que o Botafogo tinha o estilo de jogo mais atacante do Brasileirão.

Talvez seja por isso..as equipes muito ofensivas sempre quebram no final das temporadas. Benfica o ano passado levava 4 de avanço, finalista da Eurocopa e finalista da Taça de Portugal..perdeu os 3 em 2 semanas.


quebra física mesmo..o futebol atacante com pressão alta sufoca os adversários , consegue goleadas ,bons resultados e animação da torcida ...mas não dura toda a temporada. Chegando, quanto muito, 3/4 da temporada o time obviamente sofre uma quebra nítida.

Mourinho sempre dizia que os os bons times são aqueles que nem marcam muitos gols nem sofrem..jogar no ritmo alto tem consequências nefastas...a equipe perde a concentração, fica ansiosa e já não consegue gerir os diversos momentos do jogo quando necessário pois nem faz parte do seu ADN.


Uma solução do Botafogo seria utilizar Seedorf mais atrás e deixá-lo gerir as transições, pausar mais o jogo, colocar "gelo"..vou tentar ver algum jogo para fazer uma análise mais detalhada, mas parece ser isso mesmo".

Ruy Moura disse...

Aurélio, obviamente que tem ataca muito pode 'rebentar' mais depressa, mas acho que nem chega a ser o caso do Botafogo. Ano após, já desde o tempo do Cuca, o Botafogo fica soterrado em setembro / outubro. Foi assim desde que perdemos estrndosamente com o River Plate quando o Cuca mandou recuar a equipa. O rpoblema me parece ser outro: é que o Botafogo aposta sempre em tudo, o que quer dizer que começa jogando sério desde final de janeiro e em 8/9 meses a 'criança' não aguenta mais tempo e dá à luz. Oito a nove meses apostando em tudo e jogando sempre em nível alto, como fez o Sporting em 2006 e o Benfica em 2012, tem consequências. As consequências são as derrotas. Há um problema claro de gestão do plantel que nenhum técnico resoilve, porque nenhum técnico do Botafogo foi mais do que mediano até agora - não há no brasil bons técnicos. Acho que só um pouquinho acima da média estão Tite e Cuca - o resto é mediano. E temo que se mantenha assim, a não ser que o Botafogo contrate um técnico sul-americano que estude futebol, s eatualize e conheça as complexa componentes de um futebol moderno competitivo.

Abraços Gloriosos!

Botafogo Campeão Metropolitano Sub-12 (todos os resultados)

Equipe completa. Crédito: Arthur Barreto / Botafogo. por RUY MOURA | Editor do Mundo Botafogo O Botafogo sagrou-se Campeão Metropolitano...