Os atletas
do Botafogo, e o próprio Botafogo, têm passados por grandes dramas, ao longo de
quase 120 anos de glórias.
Efetivamente,
muitos atletas faleceram em condições pouco usuais, tal como já foi relatado
pelo Mundo Botafogo. Alceu Mendes de Oliveira Castro narra um desses dramas no
seu livro ‘O Futebol no Botafogo’ (1951: 695):
“No domingo
seguinte, 8 de outubro, os botafoguenses, pela manhã, assistiram ao mais
comovedor e impressionante dos espetáculos: tendo falecido dois dias antes, vítima
de trágico atropelamento, nosso grande campeão do remo – Nuno Valente – seu
“double-skiff” concorreu à regata do pré-campeonato, conduzido pelo seu
companheiro Chico Silva, que remou sozinho, levando os remos cruzados de Nuno
Valente e corôas de flores, escoltado pelos barcos do Vasco e do Flamengo, que
não disputaram o páreo, a fim de que Nuno obtivesse simbólica e postumamente
sua última vitória, o que foi de indizível nobreza.”
Fonte: Alceu
Mendes de Oliveira Castro (1951). O Futebol no Botafogo 1904-1950. Rio de
Janeiro: Gráfica Milone.
2 comentários:
Bonito!
Pensei o mesmo, Marcos Celso. Apesar de eu ter nascido depois da publicação do livro do Alceu, deliro com todo o clima botafoguense da 1ª metade do século XX. Adoro ler sobre esses tempos. Aquilo era gente. E 'gentlemen' da melhor espécie. Ao contrário de tanto desleixo a que assistimos hoje.
Abraços Gloriosos!
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