Um menino de treze anos, filho de um senhor turco e
uma senhora flamenguista fanática, chega em casa no horário de almoço de cabeça
baixa e tranca-se no
quarto.
A mãe, toda cuidadosa, fala para o pai: – “Nosso filho está com problemas.”
O turco, pai do garoto, dono da situação responde: – “Deija bra lá. A noide babai resolve broblema.”
À tarde, a mãe toda preocupada vai até o filho e faz uma pergunta: – “Meu filhinho, o que está acontecendo?”
O filho, indeciso, responde: – “Mamãe, me diga: eu sou turco ou sou flamenguista?”
Então, a mãe zelosa responde cheia de orgulho: – “É lógico que você é flamenguista, tem todos os traços de nosso time, o jeito de falar dos torcedores do nosso time e a cor da sua camisa é a maior prova disso.”
À noite, o pai, o senhor turco, chega em casa e vai falar com o filho como o prometido: – “O que esdá habendo, meu vilho? Broblemas de juventude?”
O filho responde: – “Papai, me diga: afinal, eu sou turco ou sou flamenguista?”
E o pai, cheio de dengo, diz: – “Vilho, você é turco. Dem os olhos
do nosso povo, dem a boca do nosso povo. E é muito barecido com seus brimas,
além de já saber negociar no lojinha.”
Pela manhã, antes de sair para o colégio, o garoto chega até a mesa para tomar café quando os pais perguntam: – “Meu filho, por que ontem você queria tanto saber se é turco ou flamenguista?”
E o menino responde: – “Porque tem um amigo meu vendendo
uma bicicleta lá no colégio e eu não sei se pechincho ou se roubo aquela
porcaria!”
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