O Flamengo pretende assim formar homens, atletas e cidadãos?

Foto: O Miguel González e eu, há quatro anos, em Lisboa

Caros amigos, o Mundo Botafogo anunciou os ‘tetraclubes’ campeões de um só título no campeonato estadual de futsal sub-20 (Botafogo, Canto do Rio, Drogaria do Povo e Flamengo), para o qual o Botafogo estava classificado para a final e tudo foi decidido no tapetão para beneficiar o Flamengo, que havia sido goleado diversas vezes pelo Botafogo e pelo Vasco da Gama durante o ano.

Leia a notícia em: http://mundobotafogo.blogspot.pt/2013/12/botafogo-campeao-estadual-de-futsal-no.html

Ainda a propósito dessa ocorrência, vale a pena referir que houve um cathartiforme sem ética, sem honra e sem moral que deixou um comentário no Mundo Botafogo dizendo que o choro é livre, que blá-blá-blá e que o Flamengo tinha mais um título para juntar aos – diz ele – quatro mil títulos de categorias de base. Esta é a postura típica da esmagadora maioria de torcedores do Flamengo que não se importam de comemorar títulos que pertenceriam a outros e não se eximem minimamente de enxovalhar e encher de nódoas o desporto brasileiro.

Mas como em tudo na vida, há as exceções, e há as pessoas de exceção. Pois bem, o flamenguista de exceção que mais estimo e do qual sou amigo há muitos anos, e que dá pelo nome de Miguel Gonzalez, dedica um blogue a todo o desporto carioca, prestando um enorme serviço ao desporto brasileiro. Paralelamente, evidencia uma imparcialidade que EU NUNCA VI EM NENHUM TORCEDOR, incluindo torcedores botafoguenses.

Este notável flamenguista Miguel Gonzalez, que honra o verdadeiro desporto independentemente de clubes, publicou a notícia do título quadripartido no seguinte endereço: http://esporterio.blogspot.pt/2014/01/botafogo-fr-ad-drogaria-do-povo-canto.html

A sua notícia é a seguinte:

por Miguel Gonzalez

Editor do blog Esporte Rio

“Entre todas as decisões de tribunais e tapetões ao longo da história, talvez nenhuma seja tão bizarra quanto esta. Não apenas o caso, como também seu desfecho.

Botafogo, Drogaria do Povo, Flamengo e Vasco da Gama disputaram as Semi-Finais da competição. Superiores ao longo de todo o campeonato, Botafogo e Vasco chegaram à decisão sem problemas.

Só que aí entrou em cena os advogados do Flamengo. O rubro-negro alegou que dois atletas vascaínos atuaram de maneira irregular na Semi-Final, mesmo ambos tendo recebido condições de jogo tanto da Federação de Futebol de Salão do Estado do Rio de Janeiro, quanto da Confederação Brasileira de Futebol de Salão.

O caso é que o Vasco inscreveu os atletas no prazo da competição mas pagou pela inscrição dos atletas em data posterior de comum acordo com a federação.

Com o recurso do Flamengo, a final foi suspensa até o julgamento do caso. Seu resultado foi a eliminação do Vasco e a divisão do título entre os quatro semi-finalistas, substituindo o Vasco pelo Canto do Rio.

A FFSERJ ainda não se pronunciou sobre o caso. É mais do que óbvio que se houve algum erro neste caso, os erros foram da entidades que regularizaram os atletas e não do clube ou dos atletas.

O TJD optou por dividir o título, pois não havia tempo hábil para se disputar novamente as Semi-Finais e em seguida as Finais.

Perguntas que não querem calar: o time júnior do Flamengo enfrentou o Vasco oito vezes na temporada, sendo derrotado em sete ocasiões e empatado em uma. A maioria das derrotas do Flamengo foi por goleada. Será que os atletas do Flamengo se sentem campeões? Será que houve comemoração e volta olímpica na Gávea? O Flamengo pretende assim formar homens, atletas e cidadãos?”