quinta-feira, 11 de janeiro de 2024

Temporada especial ou viagem espacial?...

por RUY MOURA | Editor do Mundo Botafogo

Na análise efetuada pelo Mundo Botafogo aos anos 2022-2023, numa série de cinco publicações, realçou-se, claramente, que embora muitos erros tenham sido cometidos, a queda abrupta do desempenho do Botafogo iniciou-se precisamente aquando da lesão de Tiquinho Soares e às consequências da dificuldade de recuperar a forma antiga, seguindo-se um trio de treinadores que não foram capazes de recuperar a equipe fisicamente e mentalmente.

O Mundo Botafogo sempre falou sobre isso: se Tiquinho ficasse suspenso ou lesionado, não tínhamos atacante para o substituir – Vítor Sá, Carlos Alberto, Luís Henrique ou Martín Segovia não tinham capacidade atacante suficiente, e apenas Diogo Costa às vezes e Júnior Santos nos últimos jogos de 2023 conseguiram algum desempenho no ataque.

Agora anuncia-se que não vai haver contratação para substituir Diogo Costa como substituto de Tiquinho Soares. E aí temos o velhíssimo Botafogo a cometer novamente a vocação para o erro que Augusto Frederico Schmidt já denunciara há décadas.

No caso de Tiquinho se lesionar o Botafogo afirma ter um trio de jovens para o substituir: dois inexperientes (Janderson e Adamo) e outro que já provou que a propalada ‘jóia’ perdeu o brilho (Matheus Nascimento) – como se qualquer deles pudesse comandar o ataque do Botafogo. Portanto, nem substituto nem ninguém capaz de competir com Tiquinho e ser a sua sombra.

Além da pergunta que se impõe: Tiquinho Soares recuperou do seu desabamento mental?

A não ser que, segundo palavras dos responsáveis, apareça uma ‘oportunidade de mercado’, daquelas que John Textor gosta e Mazzuco aplaude: um ‘cracaço’ baratinho e de preferência a custo zero – coisa que, claro, o mercado tem aos montes para servir clubes que não pretendem investir em quem faça gols, porque, afinal, o que interessa mesmo é uma boa defesa que assegure ótimos empates em 0x0.

Mazzuco diz que vamos ter uma “temporada especial”; o Mundo Botafogo acredita que alguém devia ser projetado definitivamente para uma “viagem espacial” sem regresso.

3 comentários:

Alexis disse...

Navegando pelas matérias, achei de fazer alguns comentários sobre alguns posts. Suas observações são costumeiramente pertinentes. Parece, sim, que não há, talvez até como em praticamente todos os outros clubes, um reserva de acordo para o Tiquinho Soares, ainda mais considerando, como lembrastes, a queda de rendimento dele; você até diz que foi psicológico, mas eu até consideraria que também a própria performance física dele não parecia a contento. Quer dizer, observar inclusive se o próprio Tiquinho Soares está em condições de assumir, com um desempenho desejável, a titularidade do ataque botafoguense.
E acho mesmo, que uma solução simples, no caso de um reserva para o Tiquinho, seria procurar trazer algum bom/razoável atacante brasileiro que jogue nas séries A ou B ou fora. Composição de elenco simples.

Ruy Moura disse...

Totalmente de acordo consigo, Alexis. Sobre a questão dos atributos físico / psicológico, também estou de acordo. Creio que primeiro foi uma questão de condicionamento físico, e talvez ele não tenha feito os esforços necessários para manter a performance, confiando nos resultados de ter sido, até à lesão, o maior craque do Brasileirão. Depois, à medida que não se encontrava a si mesmo em campo, começou a fraquejar psicologicamente, e o Lage percebeu isso antes de todos, prcurando outras soluções pontuais, deixando-o no banco e mencionando que havia problemas psicológicos. A reação da torcida e daqueles que integram o departamento de futebol obrigou o Lage a sair (que resultou especialmente da sua fragilíssima capacidade de comunicar as suas ideias e pensamentos, incluindo não ter explicado antecipadamente à equipe a razão de Tiquinho ficar no banco) e daí para a frente conhecemos a história. Tiquinho mostrou o seu baixo astral no pênalti contra o Palmeiras. Na verdade, cobrou-o com ar assustado e sem convicção, não aguentando a pressão. Perdemos aí o campeonato, oferecendo-o ao Palmeiras.

Uma equipe que confia o seu ataque praticamente a um craque sem substituto, não sabe funcionar, e não perdoarei Textor por ter feito várias contratações na janela de julho e nenhuma ter resultado positivo, em vez de comprar menos e com mais qualidade - especialmente um substituto capaz e não Diego Costa já com a carreira emaltos e baixos.

Porém, até agora, continuo sem ver o seu substituto...

Abraços Gloriosos.

Alexis disse...

Certo, certo, caro Rui. Abraço.

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