quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Raça e incapacidade


Loco Abreu - o mais inteligente jogador botafoguense dos últimos anos – destacou-se novamente pelas suas declarações e parece estar a encantar o mundo alvinegro por causa disso – aliás, é pelo seu inconformismo ao senso comum do futebol que se destacou sempre em todo o mundo.

Porém, uma vez mais não vejo as coisas do mesmo modo que alguns (a maioria?) dos torcedores botafoguenses. Em primeiro lugar, tenho uma discordância ´teórica’: discordo em absoluto de expressões machistas numa sociedade moderna, as quais não identificam a grandeza do que cada um de nós é. Em segundo lugar, tenho uma discordância ‘prática’: a expressão de Loco Abreu pode canalizar as emoções dos torcedores, mas encobre a falta de qualidade que tem caracterizado as nossas últimas exibições – temos jogado quase exclusivamente na ‘raça’, sem tática e sem técnica.

Quando a nossa raça é chamada à liça, realça-se o coração valente, mas evidencia-se as fraquezas. É absolutamente essencial que uma equipa esteja motivada, seja empenhada e tenha fibra emocional – mas não chega. A Internazionale foi campeã da Europa com uma equipa tecnicamente inferior ao Manchester United ou ao Barcelona, mas ganhou porque souber explorar: (1) emocionalmente a ‘raça’, (2) tecnicamente os seus saberes e (3) taticamente as características de diversidade do seu padrão de jogo – jogou à defesa contra o Barcelona quando foi necessário e, em Londres, partiu surpreendentemente para o ataque contra o Chelsea – eliminou ambos e acabou vencendo a mais importante competição futebolística do planeta.

Ora, o Botafogo quase nunca conjuga os três elementos referidos, apresentando-se surpreendentemente diferente de jogo para jogo, muitas vezes ao sabor do chamado ‘jogo eletrizante’, que, na maior parte dos casos, tem significado erros crassos de parte a parte das equipas e pura exibição de raça – parece o aluno muito esforçado que nunca atinge o brilho porque lhe falta o essencial.

Afirmei recentemente que o Botafogo alterna exibições muito boas com exibições muito más. Na verdade, isso ocorre porque não tem padrão de jogo, não percebe que a mudança de jogadores implica mudar a tática e que com jogadores de ataque com características opostas tem que ajustar o seu tipo de jogo ao perfil de cada um. E não cuida da sua defesa – mal que venho apontando desde o início do ‘brasileirão’ e que os responsáveis não supriram com contratações adequadas.

Arbitragens e mídia à parte – porque estarão sempre à procura de nos derrubar dos lugares cimeiros – devo dizer que me tenho esforçado por realçar os aspectos positivos do nosso clube, e da nossa equipa de futebol, logo que algo de bom ocorre, reforçando o otimismo e a atitude do torcedor, mas este time botafoguense deixa-me completamente à deriva – tão à deriva como ele próprio muitas vezes joga.

Não é possível analisar uma equipa que, de jogo para jogo, acerta quase tudo ou erra quase tudo; não é possível analisar o trabalho de um treinador que, de jogo para jogo, acerta quase integralmente na escalação, nas substituições e na ‘leitura’ de jogo ou erra quase integralmente – como ontem – a escalação, as substituições, o jogo em si. O que parece acontecer é que 'papai' motiva os 'filhos' no intervalo e eles enchem-se dos brios que não tiveram no início - suprindo dessa forma a desorientação técnica.

Quando se analisa uma equipa de futebol há um ponto de referência, um padrão de comparação, mas na nossa equipa não há ponto de referência nem padrão estável – a não ser esperar falhas adversárias para contra atacar. Vivemos muito ao sabor do improviso e só é possível estarmos no topo porque as outras equipas também são tecnicamente frágeis e estrategicamente ineficazes. É bom estarmos no cimo da tabela, mas unicamente a raça não é atributo suficiente para nos manter lá.

Como não é possível ‘inventar’ análises nem fazer das ‘tripas coração’ para se compreender o incompreensível, penso que estou chegando ao limite das minhas capacidades para analisar uma equipa ora coesa ora absolutamente esfarrapada que faz do seu coração a única arma utilizável. Ou melhor, que parece pensar que a maior virtude de todas está nos testículos.

FICHA TÉCNICA
Botafogo 2x2 Vasco da Gama
» Gols: Herrera 55' e Loco Abreu 90’+2 (pen.) (Botafogo); Ramon 13' e Eder Luis 35' (Vasco da Gama)
» Competição : Campeonato Brasileiro
» Local : Estádio do Engenhão, no Rio de Janeiro (RJ)
» Data: 22.09.2010
» Arbitragem: Felipe Gomes da Silva (RJ); Dibert Pedrosa Moises (RJ) e Luiz Muniz de Oliveira (RJ)
» Público: 14.248 pagantes
» Renda: R$ 347.545,00
» Disciplina: cartões amarelos - Danny Morais, Alessandro, Loco Abreu (Botafogo); Zé Roberto, Ramon, Fellipe Bastos, Nunes (Vasco da Gama); cartões vermelhos - Herrera (Botafogo)
» Botafogo: Jefferson, Danny Morais, Antônio Carlos (Caio), Fábio Ferreira; Alessandro, Leandro Guerreiro, Fahel, Renato Cajá (Edno), Maicosuel (Herrera) e Somália; Loco Abreu. Técnico: Joel Santana.
» Vasco da Gama: Fernando Prass, Fagner, Dedé, Titi e Ramon; Rafael Carioca, Nilton, Felipe Bastos e Zé Roberto (Felipe); Rafael Coelho (Carlos Alberto) e Eder Luis (Nunes). Técnico: Paulo César Gusmão.

10 comentários:

Dirley disse...

1) Não consigo entender o que uma Comissão Técnica e jogadores de séria A fazem durante a semana (durante o dia e a noite), será que ninguém observa os jogos e o dia-a-dia de seus rivais? O Vasco vem jogando marcando sob pressão e ofensivamente desde o início das partidas, foi assim com ATL-MG, Avaí e Inter (pelo menos os que eu vi) e quase ganhou os jogos. E o Botafogo, entra em campo naquela letargia?
2) Chega! É preciso de alguma forma dar um basta em Fahel e Alessandro. Se não continuaremos com a saída de bola comprometida e tomando seguidos gols pela lateral direita (impressionante como a jogada do Éder Luís é igualzinha a do Montillo, com o Alessandro marcando bisonhamente).
3) FATO! O Marcelo Matos é (era o ponto de equilíbrio deste time). O Maicosuel não pode ser segundo atacante. Sem o Jobson ou entra logo com o Caio ou com o Edno, pombas!
4) Será que NINGUÉM pode chegar no Herrera e convencê-lo de que ele está VISADO pela arbitragem desde o estadual (vide declarações do XXX). É cartão CERTO para juízes e comentaristas conservadores. Além disso, a entrada que resultou no primeiro cartão foi infantil, raça é uma coisa bisonhice é outra. No segundo lance, ele já vinha enervado de tomar várias faltas e o juiz ignorar. Outro é o Caio, Joel e a diretoria tem de blindá-lo (tirante seus vacilos), pois ele apanha o jogo todo, o juízes permitem e ele ganha fama de cai-cai, e os juízes continuam permitindo e jogando a culpa nele;
5) O juizeco pode até não ser mal-intencionado, mas é de uma má vontade com o Botafogo! Naqueles 6 a 0, a expulsão do Eduardo já tinha sido exagerada, apesar de plausível. Ontem, o Ramon bateu a valer, deu até ippon no Herrera, mas o juizinho deu amarelo foi pro Alessandro, por reclamação!! Graças ao departamento médico do Vasco (que errou ao mantê-lo) em campo, o botinudo do Ramon acabou “expulso”. O caso Assaf, revelou bem esta “má-vontade” com a gente.
6) Outro alerta necessário e pro nosso departamento médico não cair na pilha da “imprensa especializada” e só retornar com os lesionados (especialmente Jobson e Marcelo Matos) na boa. Todos os times tem tido sérias baixas por problemas musculares (acho q precisava abrir uma CPI sobre isso) e todas tem tido um período “mais ou menos” longo de recuperação. Por exemplo, será que o Emerson também tá “fugindo” do anti-doping já que ele se machucou na mesma época (se na antes) e de forma semelhante ao Jobson??
7) Domingo, vai ser um “dia D” (mais um nesse brasileiro, e ainda não o último) para nós. Jogaremos todos estropiados contra o Furacão. Ou entramos ligados, como conta o Cruzeiro ou não seremos “perdoados” novamente.
8) Por fim, quero elogiar a postura do Loco, e de certa forma do Herrera. Los Gringos, são a “raça platina” que nós tanto desejávamos em 2008 e deveriam ter vindo quando trouxemos Castillo, Ferrerro, Zárate e Escalada. A expulsão do Herrera era evitável, mas acho que assim como na final do carioca ela foi um divisor de águas, pelo menos para o Loco que entrou de vez no jogo. Aliás, também vi ele esculhambando o juizeco com o lance da camisa (se o apitador fosse bom memso o tinha expulsado) e a vibração dele ontem foi mais intensa do que contra o Fla.Sua declaração ao final do jogo pode não refletir o que foi o jogo e o que tem sido o Botafogo (na opinião do Rui Moura) mas significa o que deve ser neste campeonato. Aprende, Joel Santana, diretoria:


"TIENE RAÇA, TIENE COLLONES. ÉS TIME GRANDE!”

SAN,

Dirley.

Ruy Moura disse...

Dirley, eis as minhas observações ao seu belo comentário:

1) Espanta-me que os jogadores brasileiros que estiveram na Europa digam que no Brasil se treina mais. Não é verdade, treina-se é diferente. Na Europa o estudo e a orientação tática, a preparação de jogadas de bola parada, etc., preenchem grande parte dos treinos. NO BFR e em muitos outros clubes o treino é fraquíssimo quando se joga duas vezes por semana. É preciso aprender a treinar nesse espaço sem cansar os jogadores. Joel Santana e a sua comissão técnica, e boa parte delas no Brasil, não assistem aos jogos do adversário e não preparam a equipa em conformidade com o que supostamente terão pela frente.

2) Fahel sempre foi um desastre e o Alessandro só é razoável se não for à frente destrambelhadamente. Precisa ser fixado atrás para não ser tão ruim. A defesa marca à distância, como se a marcação não existisse. Quando o adversário é muito forte o BFR faz marcação em cima e… ganha!!!

3) Marcelo Mattos joga e o Botafogo ganha. O Jobson dispara no contra ataque e o Botafogo ganha. Como nenhum dos dois está lá, Joel deveria encontrar as alternativas táticas com os demais. Não consegue, ou não sabe. A prova é que não escalou logo Herrera ao lado de Loco. Se era assim que escalava no ‘cariocão’, quando não tinha Jobson nem Marcelo Mattos, o que é que mudou desde então para não os escalar juntos?... É a dupla alternativa a um ataque veloz baseado em Jobson, Maicosuel, etc. sem Loco e Hererra. São dois modos de jogar, e Joel deveria perceber isso.



4) Elementaridade da comissão técnica ao não controlar seriamente ambos: Herrera prejudica a equipa com o seu excesso de força (violência?) e indisciplina; Caio prejudica a equipa atirando-se para o chão quase sempre. Na Europa estaria desgraçado. Quando se cai, é para levantar logo atrás da bola independentemente do juiz apitar. Era assim o Gloriosos Botafogo dos anos sessenta. E são assim as melhores equipas do mundo.

5) Desculpa, Dirley, mas em minha opinião o juiz só pode ser mal intencionado. Não havia faltas contra o Vasco; tal como no 0x6. Copincidªencia?!?!?!

6) Os departamentos médicos dos clubes não me parecem metodologicamente muito capazes, sinceramente, mas as lesões musculares são muito fruto desse calendário de futebol verdadeiramente ‘assassino’.

7) Nem mais. E o Furacão tem ‘varrido’ tudo atualmente.

8) Dirley, a raça é fundamental! Sempre! [Eu sempre tive ‘raça’ nas coisas da vida] Mas não precisa ser falada. Ela deve fazer parte das coisas da nossa vida, simplesmente. Quando é falada, e de forma tão expressiva, significa que é o que nos resta quando falta tudo. No caso do futebol, é quando temos pouca técnica e pouca tática.

Abraços Gloriosos!

Ruy Moura disse...

Dirley, fala-se muito na 'raça' do Flamengo (a que se devia acrescentar os empurrões da arbitragem), porque as suas equipas não têm tido nem qualidade técnica nem qualidade tática. [O 'brasileirão' do ano passado foi oferecido, e uma vez mais graças à fraca qualidade das equipas em confronto que perderam nos momentos cruciais]

Obviamente que a técnica e a tática não são suficientes sem que haja 'raça' [leia-se 'motivação e empenho'].

Abraços Gloriosos!

Ruy Moura disse...

Dirley, volto 'à carga'. Confesso que essa coisa de chamar os 'testículos' a campo, me incomoda. Na sua profissão você pode dizer isso?... Poderia eu durante um conselho científico da minha universidade dizê-lo?... O futebol não tem que ser necessariamente um sítio onde tudo se pode dizer.

Se Loco fosse um jogador do Flamengo a dizê-lo, caíamos-lhe em cima. O Val Baiano deu uma entrevista em que os palavrões lhe saíram com 'naturalidade' e foi muito criticado logo pelo próprio jornalista ao microfone.

Adoro a pessoa do Loco Abreu e dedico-lhe um memorial no blogue como deferência à sua postura e ao seu papel no Glorioso (dos ídolos recentes só ele e o Túlio têm esse privilégio), mas isso não implica que tenha gostado do que ele disse.

Sei que são essas coisas que fazem os ídolos hoje, infelizmente (em especial quando não são realmente craques, como o Loco não é). Não me consta que Garrincha, Jairzinho e outros craques botafoguenses tenham necessitado de afirmar tais coisas para terem a raça que sempre tiveram, ganharem jogos e comemorarem efusivamente.

A vibração e a alegria de Loco é muito interessante - e tenho salientado isso mesmo -, mas em termos de 'expressão' fico-me pela naturalidade da raça 'garrinchista' e 'jairzista'. Ou pela inquestionável raça de um homem impecável em todas as suas posturas. Tostão.

Abraços Gloriosos!

Dirley disse...

Olá, Rui.
Interessantes observações as suas, mostra-nos como estamos longe do tal "profissionalismo".
Sobre o "raça rubro-negra" e o titulo ano do passado, bem que o Corintias e os outros podiam repetir o que fizeram o mesmo Corintias e São Paulo, Inter e Palmeiras (do mesmo Muricy) e dá o título de 2010 pra gente.
E sobre o Loco, cito sua posição no final do post, meio que concordando contigo. Não gosto e nem sou adepto de arroubos "machistas". O que quiz salientar que o Loco é o único, junto com Herrera, que mostram dedicação extremada.
No mais, obrigado pela atenção dedicada.
Abraços e Saudações Alvi-Negras.
Dirley.

Anónimo disse...

Rui,

O Botafogo implodiu.
Parece que passamos por um massacre, onde todos ficaram feridos ou mortos. Essa sangria tem que acabar.
Sem Marcelo Mattos, Jobson, Maicosuel, Somália, Marcelo Cordeiro(1 lateral no elenco todo), nosso time fica frágil, sem nenhuma chance de resistir a qualquer adversário. Temos um bom time titular (o melhor desde 95).

Patrick Dias

Ruy Moura disse...

Patrick, podemos estar prestes a implodir, sim. Suspensões e lesões a mais. Mas se o Jobson regressar e não se lesionar novamente e o Joel Santana se compenetrar que pode tirar mais rendimento técnico da equipa, e não apenas motivacional, ainda podemos fazer algo, porque poderemos contar com jogadores interessantes como Somália, Edno, Caio, Herrera, Loco Abreu e... Jobson!

Ademais, como os campeonatos brasileiros são duríssimos devido aos calendários 'assassinos', os outros clubes também vão ter lesões e suspensões. E no CB tudo pode acontecer. O ano passado, à beira de serem campeões, o Palmeiras fracassou, o São Paulo idem e o Internacional aspas aspas. Tudo nas últimas rodadas.

O meu único receio é a tal falta de profissionalismo que eu e o Dirley manifestámos nos nossos comentários. E os erros de palmatória de jogadores e, ás vezes, do técnico.

Pode ser que a tal 'raça' testicular do Loco Abreu nos vá levando nos momentos mais difíceis, e depois recuperarmos quando a equipa estiver mais composta.

Vamos torcer.

Abraços Gloriosos!

Ruy Moura disse...

Dirley, sobre a dedicação concordo inteiramente. A jagunçada triste daquele jogo contra o Vasco mudou completamente com a chegada dos otimistas: Loco Abreu e Joel Santana. A que se juntou Herrera. O sucesso do Carioca deve-se muito à dupla Argentina. A energia da equipa triplicou.

E creio que podemos fazer melhor, porque se os argentinos são 'raçudos', creio que o Jobson e o Maicosuel também, e têm a técnica que eles não têm. Além do Jefferson, claro. O problema é que o Maicosuel parece que vai ficar fora muito tempo e o M. Mattos, discreto e eficaz, também. Vamos ter muitíssimos problemas com suspensões e lesões.

Nessas circunstâncias, creio que dificilmente poderemos aspirar à Libertadores. Acho que no topo vão ficar o Corinthians, o Cruzeiro e o Internacional. Acredito menos no Fluminense, no Botafogo e no Santos.

Ah... e torço para que o Avaí, o Vitória, o Atlético Goianiense e o Atlético Mineiro ganhem muitos jogos... (rs)

Abraços Gloriosos!

Gil disse...

Rui,

- Quando o Marcelo Cordeiro se machucou o Joel improvisou o Edno na lateral, tendo apoio do Cajá. Os dois jogaram bem e foram elogiados.
- Tempos atrás pedíamos zagueiros e quando o Leandro foi para a zaga o AC e FF subiram de produção, assim como o Guerreiro. Claro que teve a entrada do Marcelo Matos.
- O Joel ficou de picuinha (desculpa era falta de condições físicas) com o Loco devido a folga da copa do mundo, que alguém autorizou e, depois que o gringo retornou foi só alegria. Alguém duvida a perda do pênalti, caso fosse o enceradeira do lento flavio ou qualquer outro a cobrar a penalidade ontem?
- Quando o Joel improvisou o Somália no lugar do Marcelo Cordeiro e o retorno do cone fahel, tivemos problemas de marcação, com exceção dos jogos finais da taça Rio e carioca. Porém o Somália arrebentou no meio, com o retorno do Cordeiro.

Não seria mais simples manter o LG na zaga, já que o Joel não dispensa e não consegue armar um time sem três zagueiros e entrar com outro volante no lugar do Marcelo Matos? Claro que esse volante não pode ser o cone do fahel! Nunca sabemos quando ele faz ou fará uma boa partida!
Não seria mais simples voltar com a improvisação do Edno no lugar do MC, que havia dado certo?
Pq tantas mexidas se já tivemos sucesso com algumas?
Pq entrar sempre com três zagueiros e coincidentemente nos últimos jogos um deles precisou de substituição e foi substituído por um atacante! Na primeira vez que isso ocorreu, jogo contra o cruzeiro, com invenções que resultaram em dois gols!
Tenho esses questionamentos e juro que não consigo entender o raciocínio do Sr. Joel Santana!
Será que essa visão é a mesma de outros amigos?
Além de alguns jogadores não renderem o esperado, o Natalino tem uma grande parcela de culpa na goleada e nos empates que sofremos! O esquema do Joel e ficar na retranca no primeiro tempo e tentar ganhar no segundo tempo. Quando levamos um gol bate o desespero nos jogadores, alguns perdem a cabeça e o esforço é dobrado. Talvez isso explique também, em parte, as contusões.
Ontem os Deuses Botafoguenses provaram suas existências!
Obrigado Loco!

Abs e Sds, Botafoguenses!!!

Ruy Moura disse...

Há vários erros, Gil. Em minha opinião não devíamos funcionar com 3-5-2, porque nem o Alessandro nem o M. Cordeiro sabem recuar atempadamente. Eu preferia o 4-4-2 ou o 4-1-3-2 com dois zagueiros e dois laterais mais fixos. Maicosuel nunca seria 2º atacante - isso é coisa para Jobson ou Herrera a optar-se por manter Loco a titular.

Maicosuel buscava jogo atrás e ainda teríamos Edno, Renato e Somália para jogarem o meio campo.

Ora, este breve exemplo, seria não 'inventar'. Confesso que estou absolutamente saturado de invenções nos últimos 4 anos: 'invenções' do Cuca, do Ney e do Joel - que não têm qualidade e mostram desconhecimento sobre algumas coisas elementares. O mais interessante é que qualquer dos três prepara jogos sem 'inventar', mas quando se sentiam/sentem seguros dos resultados começam a 'inventar' as coisas mais estapafúrdias.

Sobre a retranca do Joel, não parece ser novidade no Botafogo. O Cuca fazia ao contrário: atacava no 1º tempo e remetia-se à defesa no 2º para ganhar o jogo. Foi assim que perdeu as finais contra o Flamengo, deixando passar do 2x0 para o 2x2 em diversas ocasiões.

Quando o Botafogo resolve mater-se ao ataque mesmo ganhando, consolida o jogo e ganha mesmo.

Enfim... Continuo a 'suspirar' por Dorival Júnior.

Abraços Gloriosos!

Botafogo campeão estadual de futebol sub-17 (com fichas técnicas)

Fonte: X – Botafogo F. R. por RUY MOURA | Editor do Mundo Botafogo O Botafogo conquistou brilhantemente o Campeonato Estadual de Futebol...