segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Um Botafoguense nas Arábias (II)

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As férias na Jordânia e na Síria foram calmas e não ocorreu nenhum perigo iminente. Tivemos o cuidado de escolher os hotéis de mais elevada qualidade e a deslocação interna foi realizada numa Van com motorista e guia privados de modo a reduzir eventuais riscos.


Além disso, a época é de pouca afluência turística devido a decorrer o Ramadão, e os riscos são menores. De resto, os hotéis na Jordânia estavam todos apetrechados com detetores de metais e o aeroporto bem controlado. Há uns anos no Egipto a tensão foi ligeiramente maior, porque os turistas eram escoltados por militares armados nas deslocações de norte para sul devido a atentados anteriores.


Na Síria a simpatia foi enorme e um dos responsáveis dos monumentos da cidade de Palmyra até nos entregou as chaves que abriam as portas dos tumbas milenares da cidade.


Mas antes da Síria viajamos por toda a Jordânia. Não enverguei o manto glorioso todos os dias, mas fi-lo nalguns sítios marcantes como Petra e o local onde Lawrence da Arábia pernoitava sempre que fazia a travessia desértica da Jordânia e da Síria, na rota entre o sul da Jordânia e Damasco. Apresentarei apenas algumas das 3.000 fotos que fiz, em especial as que consagram o manto glorioso em terras orientais.


Foi nesta zona de rocha que se observa na foto acima, enriquecida pela minha ‘bela’, que iniciámos a visita a Wadi Rum, o deserto rochoso, montanhoso e arenoso, a maior e mais magnífica das paisagens desérticas da Jordânia. Apresentava-se uma alma Botafoguense.


Descanso numa tenda a meio caminho do “vasto e divino reflexo”, como Lawrence classificou a paisagem tórrida do deserto. Bebe-se bom chá e um café horroroso para o nosso paladar ocidental.


Na foto acima vê-se o rosto esculpido de Lawrence na rocha. Nas fotos abaixo aparecem o local onde Lawrence pernoitava e uma tenda típica do deserto.


Entretanto, mesmo no meio do deserto esperava-nos um assado de cordeiro bem conservado no solo quente do ‘divino reflexo’.


A ‘coisa’ soube maravilhosamente bem. Mas como “não há mal que perdure nem bem que sempre dure”, retomámos o deserto rochoso, as visitas e, finalmente, o sol quedou-se e a noite desceu morna e saborosa sobre nós.



Texto de Rui Moura (blogue Mundo Botafogo)
Fotos de Rui Moura (blogue Mundo Botafogo)

4 comentários:

Rodrigo Federman disse...

Que lindas fotos, amigo!!!
Ah, aproveitando que vc está "pelas Arábias", parece que o Natalino recebeu um convite "daí". Vc bem que poderia fazer uma forcinha, elevando o Joel ao grau extremo de competência para os gringos injetarem ainda mais grana nessa possível investida, hein?!rs!
Abs e SA, Rui!!!

Ruy Moura disse...

Rsrsrs... Adoras o Natalino!!!

Não te posso ajudar, querido amigo - já regressei a Lisboa!

Mas também não vejo, no Brasil, ninguém disponível que seja bom treinador.

Na verdade, continuo me 'babando' pelo Dorival Júnior, mas não teremos essa sorte...

Desde que o Cuca pediu a demissão após a derrota contra o River Plate que eu apelo pelo Dorival, mas o que me deram foi o Mário Sérgio, o Cuca de novo, o Geninho, o Ney, o Estevam e o Joel. Sou um homem sem sorte...

Abraços Gloriosos!

Miguel Gonzalez disse...

Pela Palestina livre!!!

Repare que as côres da bandeira síria são uma mistura das do Flamengo e do Botafogo. Talvez por isso, eu me sinta muito bem na Síria!!!

Ruy Moura disse...

Rsrsrs... Essa é boa, Miguel!

Há coisas estranhas. Os árabes clamam pela Palestina livre, mas os já nascidos na Síria filhos de palestinianos refugiados desde 1948 não têm passaporte sírio, mas uns papéis diferentes, e para sair do país precisam de uma autorização especial. Eles dizem que são sírios de segunda categoria no próprio país onde nasceram...

Mas é um país espetacular!

Abraços Gloriosos!

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