O meu camarada Carlos Vilarinho, sócio-proprietário do Botafogo de
Futebol e Regatas, acaba de lançar o I volume de uma obra de oito volumes que
narra a história do Botafogo de Futebol e Regatas desde 1951 e constitui um
repositório único dos acontecimentos mais marcantes na vida do Glorioso vistos
por um olhar perscrutante da realidade para além das fachadas políticas e das
emoções desportivas. Uma obra a não perder desde o I volume por quem quer
conhecer o Botafogo por dentro, as suas tristezas e alegrias, os grandes
combates políticos e a força intrínseca da vitoriosa mística botafoguense. À
venda nas principais livrarias.
SINOPSE:
O FUTEBOL DO BOTAFOGO – 1951-1960, de
autoria de Carlos Ferreira Vilarinho, aborda um decênio da história do futebol
do GLORIOSO (título conferido ao BOTAFOGO, após a conquista invicta do
campeonato carioca de 1910). Iniciado em outubro de 2009, com informações
recolhidas desde outubro de 2001, o livro foi revisto e finalizado pelo autor
em fevereiro de 2013. Há uma explicação para a escolha do período. Do período
anterior (1904-1950) já cuidou o inesquecível dirigente alvinegro Alceu Mendes
de Oliveira Castro. Um craque na comunicação social, dedicado colecionador,
Oliveira Castro (1906-1962), sem sombra de dúvida, é o pai da memorialística
botafoguense.
Na opinião de Carlos Vilarinho, os Anos 50, principalmente sua primeira
metade, foram subestimados pela maioria dos escritores que trataram da
trajetória do BOTAFOGO, induzindo as novas gerações a crer que se trata de um
período de estagnação. Nada mais falso. Nos Anos 50, o BOTAFOGO foi dirigido
pela geração que o vinha conduzindo, com amor extremado, desde os Anos 20. Uma
geração provada na luta intransigente em defesa do Clube, nos bons e maus
momentos.
Para o autor, a tarefa de contar a História do BOTAFOGO exige
rigorosa fidelidade aos fatos. Mas honestidade intelectual não se confunde com
neutralidade, muito pelo contrário. O
FUTEBOL DO BOTAFOGO – 1951-1960 é
um livro engajado, mas que não foge à realidade, expondo os dramas e alegrias
do GLORIOSO.
Por vários motivos, o BOTAFOGO não pode ser explicado apenas com o recurso
às ciências sociais. Não é propósito de Carlos Vilarinho investigar que outras
fontes forneceriam a chave para a compreensão do destino do GLORIOSO, mas
assinala que os mortos (ou a memória de sua passagem pela Terra) exercem sobre
o alvinegro uma notável influência, preservando a sua identidade de “Patinho
Feio”. “Sem a proteção dos seus mitos, o BOTAFOGO já teria desaparecido” – assegura o autor.
As novas gerações devem estudar (e velar) o passado do BOTAFOGO para
fazer respeitado o seu nome glorioso,
agora e no futuro, e melhor defendê-lo, sem repouso, contra quem quer que seja. Como cantou o poeta Octacílio Gomes, autor da letra
do Hino GLORIOSO.
O FUTEBOL DO BOTAFOGO – 1951-1960,
fundamentado em exaustiva pesquisa, sem concessões à mitologia, se constitui em
fonte segura para o conhecimento das lutas, reveses e triunfos do GLORIOSO, e
ao mesmo tempo, fornece sólidos argumentos para a defesa das suas cores, na
abordagem do passado e na luta presente contra seus adversários, dentro e fora
das quatro linhas.
[Nota de Mundo Botafogo: Este é 25º livro publicado sobre o Botafogo e
os seus atletas desde 2008. Uma goleada de literatura botafoguense! Ou em voz
popular: clube que tem intelectuais, tem, clube que não tem, não tem.]
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2 comentários:
Ruy, muito obrigado por este gesto de grande repercussão e por tudo que você tem feito, por amor, pelo Botafogo, a partir de uma visão ampla de seus problemas e buscando exaltar a sua imensa vitalidade.
Carlos Vilarinho
Carlos, confesso que o seu comentário me deixou emocionado. Esse é um grande elogio que faz à minha ação em prol do Glorioso, e eu nunca fugi nem aos elogios nem às censuras. Uns e outros ajudam-nos a crescer. Eu gostaria de contribuir ainda mais para o Botafogo com a minha energia e o meu amor ao clube, mas a distância inviabiliza esse maior engajamento.
Quero parabenizá-lo publicamente pela sua obra, em oito volumes, que cobrirá décadas de acontecimentos do Glorioso que estão dispersos, são mal conhecidos ou simplesmente desconhecidos do público botafoguense.
Obviamente que todas as publicações são fundamentais para o engrandecimento do Glorioso. Com a publicação do seu I volume da saga, trata-se da 55ª obra literária a 'dar à luz' sobre o Botafogo e os seus atletas. Porém, independentemente da importância de cada uma, e aplaudo uma a uma, inquestionavelmente eu sentia um vazio grande sobre a história pós 1951.
Essas 55 obras vieram elucidar sobre a vida do Botafogo, as suas façanhas e a exaltação do seu vigor, tais como os dois livros recentemente publicados pelo meu amigo Auriel de Almeida dedicados a esmiuçar jogos e conquistas do Botafogo, os cinco livros de poesia do meu camarada Adilson Taipan, que constituem obras originais de amor ao Botafogo, outros sobre personalidades, como a vida de Quarentinha ou os Dez Mais do Botafogo, a belíssima obra fotográfica de Braz Pepe et al, e muitos outros publicados ou que estão na forja, como a futura obra do meu Irmão Botafoguense Marcos Vinícius, que se prevê ser editado ainda este ano.
Cada obra cobre temas específicos, Carlos, mas havia algo de crucial em falta: a continuação da saga de Mestre Alceu, que nos narrou a história do Glorrioso desde 1904 a 1950.
Os seus oito tomos cobrindo essa história, agregada numa mesma lógica epistemológica, de pesquisa e de perspectiva crítica, evidenciando não apenas a crítica positiva, mas também a crítica negativa, já que é de erros e acertos, tristezas e alegrias, que se foi consolidando a mística botafoguense, é algo de essencial no conjunto da literatura botafoguense desde a segunda metade do século XX.
Parabéns uma vez mais, companheiro.
Abraços Gloriosos!
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