por
Rui Moura
blogue
Mundo Botafogo
Após a apresentação de um Projeto de Lei
para atribuir ao Engenhão o nome de João Saldanha, a prefeitura do Rio informou à CBN Rio que
não pretende trocar o nome do estádio, após polêmicas envolvendo o
ex-presidente da Fifa João Havelange.
Porém,
ontem, Thomas Bach, vice-presidente do Comitê Olímpico Internacional, e
provável futuro presidente nas eleições de setembro próximo, referiu-se ao estádio
olímpico brasileiro de 2016 nos seguintes termos:
-
“Estou certo de
que o comitê organizador vai respeitar todas as exigências éticas estabelecidas
pelo COI”.
A afirmação, não explicitamente dirigida ao nome de
Havelange, mas claramente implícita, enquadra-se noutra afirmação de fundo
proferida por Thomas Bach:
- “O COI está em condições de
construir uma tolerância zero contra doping, corrupção e qualquer tipo de
manipulação.”
Talvez por isso o prefeito tenha declarado ontem o seguinte sobre a
mudança de nome do Engenhão:
- "Isso é um direito do Botafogo.
Eu mudei o nome de muitas coisas no Rio de Janeiro. Mudei por questão de gosto
pessoal meu. O Botafogo tem uma coisa chamada naming rights, ele
pode chamar o estádio como quiser. Tudo depende da diretoria. Não vou ficar
aqui mudando o nome de tudo", explicou o político em entrevista à Rádio CBN ontem.
Em consequência, o Projeto de Lei dos deputados do Partido Socialismo e
Liberdade – que foi publicado ontem no Mundo Botafogo – pode ser aprovado e o
nome do Engenhão pode mudar para João Saldanha. Não obstante, devo realçar a
declaração “mudei por questão de gosto pessoal meu”. Mas um prefeito muda as
coisas por ‘gosto pessoal’ ou porque gerou consensos na comunidade para o
fazer? É o seu gosto que manda ou os interesses da população que o elegeu e
representa? E, neste caso, o seu gosto não se inclina para João saldanha mas
para João Havelange? Em que ficamos? Que raio de políticos temos!...
Sobre a
interdição do Engenhão, o prefeito muito imperfeito do Rio de Janeiro declarou:
“Se houver nove laudos liberando o Engenhão,
mas apenas um contrário, o estádio vai continuar interditado." –
afirmou em entrevista à CBN Rio o prefeito Eduardo Paes.
Portanto, o
prefeito muito imperfeito mostra a sua ‘tolerância
infinita’ para fazer valer uma avaliação mesmo que outras nove recomendem o
inverso com dados concretos de natureza técnica imbatível. Talvez seja uma
questão de ‘gosto pessoal’ do prefeito…
Em consequência,
o prefeito muito imperfeito liquidou liminarmente o esforço da ABECE em
esclarecer as verdadeiras condições do Engenhão.
Porém, ontem, o
consórcio formado por
Odebrecht Participações e Investimentos S.A. (empresa líder, com 90%), IMX
Venues e Arena S.A. (de propriedade de Eike Batista, com 5%) e AEG
Administração de Estádios do Brasil LTDA (também com 5%) será o responsável por
administrar o Complexo do Maracanã pelos próximos 35 anos, a partir do final da
Copa das Confederações (30 de junho próximo).
Então, talvez os
dois berbicachos se resolvam agora mais celeremente: a mudança de nome do
Engenhão para Estádio Olímpico João Saldanha e a rápida solução das questões
estruturais levantadas com a interdição do Engenhão.
2 comentários:
Com certeza isso vai acontecer...É só esperar...
Desejo que isso se concretize mesmo. Se a resolução dos 'problemas estruturais' fosse célere, por exemplo em três meses, poderíamos aspirar a um ano bom. Caso contrário dificilmente haverá títulos perante uma situação financeiramente 'calamitosa'.
Abraços Gloriosos!
Enviar um comentário