sexta-feira, 13 de junho de 2014

Voz da 'espanholada'

Os brasileiros são um povo muito característico nas suas diversas formas de brincar. São capazes de rir de si próprios, brincar com as suas desventuras e até punirem-se sem perder o sorriso.

Há várias provas desse comportamento. Uma que considero notável: Ronald Reagan sempre cometeu muitas gafes, e como presidente americano embaraçou muitas vezes os seus colaboradores e as autoridades dos países que visitava. Quando em certa ocasião desceu em Brasília, cometeu mais uma gafe monumental saudando o “bom povo Boliviano”! Qualquer europeu ficaria ofendido por ‘mil anos’. Que fizeram os brasileiros? Creio que foi o Jornal do Brasil – cito de memória – que deu a resposta bem atrevida e bem brasileira no dia seguinte: “Seja bem vindo, presidente Canadiano”!

Os comentários e as brincadeiras que desde ontem são feitos acerca do benefício claríssimo da arbitragem à Seleção Brasileira são a prova última dessa postura. Naturalmente que o povo brasileiro não podia deixar de escapar a oportunidade de zoar a empáfia espanhola que, na sua soberba habitual, não perdeu de 6 ou de 7 para a Holanda por pura sorte.

Um modo bem brasileiro de brincar consigo próprio

E nas redes sociais, espanhóis que vivem no Brasil e parecem não compreender, ou não quererem compreender, absolutamente nada do que é ser brasileiro, nem respeitarem o povo que os acolheu, lançam estas ‘maravilhosas’ pérolas porqueiras:

- "Esses macacos brasileiros, como sabem, não tem nada para fazer, se alegram com a derrota da Espanha e fazem 'ola', pobres".

- "Macacos brasileiros, que passem fome o resto de sua vida".

Quem desdenha do povo que o acolhe está fazendo o quê fora da sua terra?

Como não foi a primeira vez, nem será a última, que os espanhóis desdenham dos brasileiros e de outros povos que eticamente lhes são amplamente superiores, eis a razão pela qual torci pela Holanda (tal como em 2010 quando infelizmente os holandeses perderam) e fiquei meio frustrado com os dois últimos gols perdidos pelos holandeses nos minutos finais. Porque 7 bananas em vez de 5 seria um brinde bem mais adequado para matar qualquer fome futura de qualquer espanhol racista.

Que os ‘bons’ espanhóis me desculpem pela publicação, mas é amplamente merecida. Fiquemos, então, com um breve tributo altamente criativo prestado em tempo recorde pelas redes sociais à 5PA1N:

6 comentários:

Unknown disse...

Tenho bom humor, sempre. Quem não consegue rir de si mesmo não deve ser boa pessoa, tem algo de errado na formação de seu caráter. Mas, falarei sério, e com certo rancor. Tomei algum (o pronome aqui se faz necessário, é significativo) ódio de espanhóis depois que tentaram estuprar minha filha no aeroporto de Madrid só pelo fato de ela ser brasileira.

Ruy Moura disse...

Ronau, é verdade que as brasileiras não têm boa fama fora do Brasil. Não sei bem porquê, já que não é um acontecimento meramente localizado numa região ou num país, mas globalizado. Eu próprio já combati entre amigos e conhecidos essa má fama de brasileiras, contando toda a minha experiência brasileira, incluindo as namoradas, a última das quais - mulher de elevado nível intelectual e doutorada em matemática - ocorreu há cerca de 20 anos, quando me divorciei. Dando exemplos e comparando, as pessoas percebiam que, afinal, lá, como cá e como além, há mulheres ótimas e mulheres que não prestam - tal como acontece com os homens.

Em minha opinião, não é um problema de nacionalidade, mas de imagem. A questão é saber como é que essa imagem foi colada às brasileiras. Ainda na minha última viagem à China pude conviver com duas brasileiras que eram mulheres de grande nível contrariando uma vez mais esse estigma. E um estigma é muito difícil de combater, o que significa que as brasileiras têm um grande combate pela frente se quiserem anular esse estigma.

Não obstante, eu penso que no que respeita aos espanhóis, eles quiseram estuprar a sua filha, provavelmente não por ser brasileira, mas simplesmente por ser mulher. Eu explico.

Ainda eu namorava a minha 1ª mulher e um espanhol que nos deu carona - nós viajavamos em férias à carona, coisa vulgar entre os jovens na Europa daquela época - queria literalmente 'comer' a moça, inclusivamente metendo-lhe a mão entre as pernas á minha frente. Outra: uma vez em Espanha, outro espanhol estava determinado em 'comê-la' indiferente à minha presença, tendo sido devidamente escorraçado por ela.

Isto é, há uma boa margem de homens espanhóis que são muito pouco respeitadores das mulheres, e das mulheres dos outros, sejam brasileiras, portuguesas, chinesas, ou quaisquer outras. Se calhar até ia um escocês com as suas saias vistosas...

Ademais, conheço muito bem a Espanha de norte a sul, de leste a oeste, já fiz férias em Barcelona, Madrid, Valência, Granada, Manga Menor, etc. e percorri a costa e o interior várias vezes. Em suma, dir-lhe-ei que, entre outras coisas desagradáveis, são mal educados, pouco hospitaleiros e uma boa parte dos homens são obcecados por sexo.

Mas já desde os tempos da colonizações eles fizeram muito piores colonizações do que os portugueses, os ingleses e os franceses (principais povos colonizadores da modernidade).

E ainda assim não são os piores do mundo, porque pelo menos na Europa são amplamente batidos pelos alemães, um povo de 'carneirada' que vai atrás dos populismos, que se acha altamente superior aos demais povos, que provocou duas guerras mundiais e culminou com o assassínio de 6 milhões de judeus. E hoje escraviza a Europa através de implacáveis especuladores financeiros.

Uma coisa que acho muita piada é a defesa da raça 'ariana', como raça branca superior. E acho piada, porque estudos revelaram que só existem brancos puros apenas na Islândia - devido ao seu isolamento e pouco contato com o exterior. Todos os outros povos, em maior ou menor grau, são miscigenados. Nessa matéria, o Brasil é líder:

“Poucos países no mundo passaram por uma miscigenação tão intensa quanto o Brasil. Os portugueses já trouxeram para o Brasil séculos de integração genética e cultural de povos europeus, como os povos Celta, Romano, Germânico e Lusitano. Embora os portugueses sejam basicamente uma população europeia, 7 séculos de convivência com mouros do norte de África e com judeus, deixaram um importante legado a este povo. No Brasil, uma parte substancial dos colonizadores portugueses se miscigenou com índios e africanos, em um processo muito importante para a formação do País.” (wikipédia)

Em suma, muito mais inetressantes do que os espanhóis são os portugueses, os ingleses, os franceses, os italianos, os irlandeses, os belgas e, claro, os povos escandinavos, que, esses sim, podem vangloriar-se de estar entre os melhores.

Mas... vida que segue. Por mim, sem espanhóis nem alemães...

Abraços Gloriosos.

Ruy Moura disse...

Em tempo: Ronau, compreendo o quer dizer quando afirma haver algo de errado na formação do caráter de quem não se ri de si mesmo. Eu penso que isso é válido para os países do Novo Continente (Américas), mas não é válido para o Velho Continente, que possui culturas seculares muito consolidadas, em meio a muitas guerras e às maiores invenções da humanidade. Por exemplo, penso que os portugueses, os franceses e os ingleses não sabem rir-se de si próprios, mas têm bom caráter, independentemente das suas características diferentes entre si.

Abraços gloriosos.

Unknown disse...

Meu caro amigo, Rui. Claro, eu sei que o problema da "má fama das brasileiras" não se restringe a Espanha, não sou louco nem idiota pra fazer tal afirmação. Mas, no caso de minha filha, foi sim, pois os que tentaram, funcionários do aeroporto, disseram a minha filha que toda brasileira é puta e que iam para a terra deles "fazer a vida". Pior, quando fui ao consulado espanhol reclamar fui tratado com descaso e quase confirmaram as afirmações dos FDP (perdoe-me o termo, mas não vejo outro melhor).

Ruy Moura disse...

Quer dizer, na verdade, no caso da sua filha, juntou-se tudo de complicado que podia criar um grande problema em solo espanhol num desfecho potencialmente 'fatal' para a sua filha, porque uma mulher estuprada fica com um trauma para toda a vida. E o seu depoimento confirma o que eu escrevi e afirmei acerca da minha experiência com espanhóis.

Associou-se tudo de ruim: o estigma das brasileiras (representado no caso pela sua filha); a tara sexual dos espanhóis (representados pelos funcionários do aeroporto); a má educação e nenhuma hospitalidade para com os estrangeiros, associado a uma boa dose de arrogâqncia (consulado espanhol).

Se associarmos a péssima experiência que tenho no trato profissional com os espanhóis em África, onde tive que os pôr no lugar deles em resposta à sua arrogância e descaso, percebe-se porque penso devermos fugir deles a sete pés!

E termino dizendo mais: muitos deles desprezam, entre outros povos, os portugueses e os brasileiros, e por isso têm o meu mais profundo desprezo.

Peço desculpa aos 'bons espanhóis' pelas minhas opiniões, dado que não têm culpa de terem tantos compatriotas desprezíveis.

Abraços Gloriosos.

Ruy Moura disse...

Tive um lapso de omissão importante que quero refazer: eu também gosto dos italianos e adoro a Itália. Conheço toda a Itália desde a entrada pelos Alpes até ao sul, incluindo a Sicília. É um país fantástico e os italianos são um bocado loucos. Gosto deles.

As minhas cidades europeias preferidas (conheço todas as capitais e todas as cidades importantes, exceto a Islândia) são Amsterdam e Roma. Embora também goste de Viena, Budapeste, Estocolmo e uma parte de Londres. Quanto a Paris: tem belezas a mais por todo o lado. Aceito que seja a cidade mais bela do mundo, mas não faz o meu gosto.

Claro que em termos de geografia a cidade mais bela do mundo pelo seu posicionamento numa baía espetacular, é o Rio de Janeiro, mas enquanto 'cidade mesmo' creio que nenhuma será tão bela quanto Paris. É a cidade mais visitada em todo o mundo...

Em suma, eu acho que só não gosto nada mesmo é de espanhóis e alemães.

Abraços Gloriosos.

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