por CARLOS VILARINHO
especialmente para o Mundo Botafogo
sócio-proprietário e historiador do
Botafogo de Futebol e Regatas
Na terça-feira da outra semana (15/06/1965), em Wenceslau Braz,
Luiz Aranha e Miguel Couto Filho (reeleitos em 1963) foram reconduzidos (até
1967) para os cargos de presidente e vice-presidente do Conselho Deliberativo.
Outras importantes decisões foram tomadas nesta noite. Por unanimidade,
aprovaram-se as contas da Diretoria, referentes ao ano de 1964. O Conselho
também votou o programa de expansão imobiliária (lançado em dezembro de 1959),
cujo primeiro passo seria a mudança do campo de futebol, permitindo que, em
General Severiano, fosse construído um centro social, recreativo e desportivo,
visando à conquista de novos sócios, afastando qualquer ameaça de crise
financeira. Para cumprir tarefa de tamanho vulto, a Diretoria seria assessorada
por uma Comissão de Obras e uma Comissão de Finanças, compostas por
representantes dos três poderes. Representando o Conselho, foram eleitos Paulo
Azeredo e Sergio Darcy (Obras); Marcos Tamoio e Luiz Figueira (Finanças).
Acolhendo proposta do então
benemérito Adherbal de Souza Bastos, o Conselho, também por unanimidade, votou
a criação da Caixa de Amparo aos Desportos Amadoristas. A medida era justa e
urgente, haja vista as dificuldades financeiras enfrentadas (com brilho) pelos
atletas amadores, alvo de implacável campanha de descrédito movida por João
Saldanha, ausente contumaz (como nesta oportunidade) das reuniões do Conselho.
Em 25 de setembro, por carta, Palmeiro dará ao “benemérito” uma demolidora
resposta (publicada no Boletim – primeira quinzena de outubro).
Passagem
autorizada pelo autor, extraída de: VILARINHO, C. F. O Futebol do Botafogo
1961-65. Rio de Janeiro: Edição do Autor, no prelo.
[O primeiro volume, O
Futebol do Botafogo 1951-1960, pode ser adquirido nas melhores livrarias do Rio
de Janeiro e a partir do sítio www.ofuteboldobotafogo.com]
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