Caríssimos leitores, ontem eu fiz uma
breve recensão crítica ao novo livro de Dominique Beaucant sobre a vida e a
obra de Garrincha, realçando todos os seus aspectos positivos – e muito
positivos!
Todavia, caí provavelmente no erro de
comparar o ‘Suplemento’ com a obra publicada em 2014 no que respeita ao seu
formato. Efetivamente, a dimensão, a capa dura e o estojo do primeiro livro são
simplesmente… OBRA-PRIMA!
Ora, nada se pode comparar a uma
obra-prima.
O novo ‘Suplemento’ é um livro
sensacional sob todos os aspectos em que seja apreciado, e mesmo a capa, que
considerei ‘modesta’ relativamente ao livro anterior, é de uma qualidade acima
da média. Para os leitores que conhecem as obras de Roberto Porto, ‘BOTAFOGO –
101 anos de histórias, mitos e superstições’, e de Braz Pepe, Luiz Miranda e
Ney Carvalho, ‘BOTAFOGO – o Glorioso, uma história em preto e branco’, o livro
de Dominique Beaucant tem o mesmo tipo de apresentação, isto é, de qualidade acima
da média!
Portanto, se considerei positivos todos
os quesitos analisados na recensão crítica de ontem, quero sublinhar que o
formato de GARRINCHA ‘O REI DOS REIS’ II apresenta-se muito bem e, tal como
realcei, possui a vantagem de estampar, na capa e na contracapa, desenhos
originais de Boskowich, o que não aconteceu nem no 1º livro de Beaucant, nem
nos dois livros de Roberto Porto e de Pepe Braz, Luiz Miranda e Ney Carvalho,
que se apresentam apenas com fotos de jogadores do Botafogo comemorando algum
gol ou algum título.
Ademais, trata-se de um livro de edição
limitada (150 exemplares), numerado e autenticado pelo autor, revelando
novidades em relação à obra anterior.
Dominique emprestou toda a sua energia e
saber à edição dos dois livros, e a sua extrema sensibilidade levou-o a querer esclarecer
aos leitores do Mundo Botafogo a razão de o segundo livro não ser de capa dura,
mas de capa mole, tal como a maioria esmagadora dos livros publicados em todo o
mundo.
Eis, então, um excerto dos comentários de
Dominique acerca da publicação de ontem do Mundo Botafogo:
“Caro
Rui, eu gostaria de agradecer-lhe a revisão honesta do meu mais recente
trabalho. Se me permite, gostaria de transmitir aos seus leitores o seguinte:
quando se tratava de discutir o aspecto fabuloso e surpreendente do meu
primeiro livro, há uma razão pela qual o patrocinador não poderia reproduzir
novamente o formato do primeiro livro. O custo para produzir um livro de capa
dura, independentemente de haver um estojo ou não, teria sido astronômico para
apenas 150 cópias!
Eu fui ‘rejeitado’ por nada menos que sete
empresas de impressão quando lhes disse que só queria imprimir 150 livros.
Finalmente descobri uma empresa que aceitou
imprimir apenas 150 cópias… O custo para imprimir GARRINCHA ‘O REI DOS REIS’ II
é muito próximo do custo real de cada exemplar do primeiro livro!
Porém, o meu investidor aceitou financiar a publicação
de apenas 150 cópias para colecionadores. Eu concordo com você Rui, mas agora,
seus leitores e você mesmo, sabem as razões pelas quais não poderia ser feito
este suplemento do mesmo jeito que o primeiro livro foi feito. Eu devo tudo ao
homem que aceitou investir em ambos os livros, e sem o qual não haveria nenhuma
obra publicada.
Eu confio que seus leitores encomendem este
suplemento e verifiquem ter sido digno de publicação.”
Sublinho o que escrevi ontem sobre a qualidade
dos textos, das fotos e da arte estampados no ‘Suplemento’: “uma obra aconselhável a todos
os brasileiros amantes de futebol, em especial aos botafoguenses e muito
especialmente a todos aqueles que se revêem nas jogadas do maior driblador do
futebol de todos os tempos”.
Em suma, uma obra de nível Mundial!
O
preço do livro para o território Brasileiro é de $ 125,00, que inclui todos os
custos de transporte para qualquer parte do País, beneficiando de um desconto
oferecido pelo United States Postal Service. As reservas devem ser
efetuadas para copade58brasilcampeao@aim.com
3 comentários:
Grande RUI,ao abrir o seu blog,vejo a matéria sobre GARRINCHA,aí lembrei-me de uma recente reunião com amigos em SP.Após o trabalho,nos reunimos para almoçar e o papo,é claro,foi sobre mulheres e futebol.Não aguento mais tanto fanatismo,partindo de pessoas cultas e letradas,querendo comparar A com B,etc.O pior é que sempre colocam jogadores antigos ou atuais dos seus times como os melhores.Argentinos nem pensar,europeu é tudo canela dura, etc.Fiquei calado ouvindo as sandices e depois de algum tempo,resolveram me interpelar.Disse mais ou menos o seguinte,para tentar desviar o foco da idiotice de comparações:"Vamos filosofar sobre o futebol,quem decide de quem gosta mais é a bola.Por favor,sem fanatismos,alguém aqui duvida que PELÉ e GARRINCHA são incomparáveis com antigos e atuais jogadores? Unanimidade".
Vamos ver agora se haverá unanimidade nas respostas a seguinte pergunta:"Citem 5 jogadores,antigos ou atuais,inclusive estrangeiros,mesmo que não sejam considerados craques,etc,mas que a bola ficava totalmente dócil e entregue sob os seus domínios.Escrevam nos guardanapos, não vale colar do outro,rsrsrsrs?"
RUI,Nelson Rodrigues dizia que a unanimidade é burra,mas pela segunda vez houve,no caso com o jogador número um de todos,RIVELINO.Até Santistas,São Paulinos,etc,presentes, concordaram que a redonda se escravizava aos pés do RIVA.Houve vários nomes,mas sem a tal unanimidade.E por incrível que pareça,ninguém colocou PELÉ e GARRINCHA nessa lista,inclusive eu.
Na minha,só um botafoguense,mas não por fanatismo,mas sim porque ele escravizava a redonda,o inesquecível MESTRE NS.
Um jogador do lixão do Rio,que morreu cedo,também tinha uma leveza inconfundível no trato com a bola, não sei se você o viu jogar,GERALDO,o assobiador.Meus outros dois escolhidos não foram considerados "cracaços" de bola,mas ela os adorava,o mau caráter MARIO SÉRGIO e o DIRCEU LOPES,que encantava o país com aquele maravilhoso time do CRUZEIRO.
Vi excelentes jogadores uruguaios, argentinos,europeus,mas nenhum,nem dos antigos,nem dos atuais recebem da bola o mesmo tratamento obsequioso que os citados.
O interessante é que nas conversas posteriores,vários tri campeões mundiais,reconhecidos mundialmente,são considerados "craques do jogo",mas não "irresistíveis amantes da bola".
Um abraço do JOTA.
Meu querido amigo JOTA
Talvez por viver na Europa e o JOTA e amigos viverem no Brasil, eu penso que há uma certa xenofobia relativamente ao futebol de outros países.
Se no passado se justificava na medida em que o Brasil tinha craques aos montes, o presente é pródigo em falta de craques. O celeiro brasileiro morreu nas várzeas.
Antes havia 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7... grandes craques ao mesmo tempo, agora há um: Neymar. Quer dizer, entre, por exemplo, os 20 maiores craques do mundo, só há um brasileiro.
Países de muitíssimo menor dimensão do que o Brasil têm craques mundiais atualmente: Suécia (Ibrahimovic), Holanda (Robben), Portugal (Ronaldo), Argentina (Messi e Di María), Colômbia (Falcão), etc.
A CBD e a atual CBF destruiram o futebol brasileiro ao aprisioná-lo aos interesses de certos clubes e personalidades. O futebol brasileiro não evoluiu - involuiu. Seria impensável até há poucos anos atrás que o Brasil seria goleado por 7x1 numa Copa do Mundo - e porque os alemães tiraram o pé do acelerador, se não ia aos 10x0.
E enquanto os brasileiros insistirem no absurdo de se acharem os melhores do mundo não sendo, impedem que se pense bem e se faça os discernimentos adequados para a revolução urgente das estruturas do futebol brasileiro.
Na verdade, além de alguns bons jogadores, o resto não presta para coisa nenhuma:
(a) os dirigentes confederativos e federativos são maus e corruptos;
(b) as arbitragens são corruptas;
(c) os juízes do STJD são escandalosamente parciais;
(d) os treinadores estão completamente desatualizados;
(e) a mídia é a maior vergonha mundial dos países ocidentais.
Confesso que se assisto aos jogos do Botafogo não é por via do péssimo futebol que os clubes apresentam, mas apenas porque EU GOSTO DO BOTAFOGO!
Creio que devido à podridão que rodeia o futebol, já não gosto da modalidade, só gosto mesmo é do Botafogo. Um clube é muito mais do que futebol e o Botafogo 'social' e eclético foi sempre um exemplo disso.
Não temos muitos títulos, mas fomos o 1º clube carioca campeão brasileiro em qualquer modalidade (remo), campeão sul-americano de basquete, campeão sul-americano de voleibol, campeão sul-americano de atletismo feminino, campeão brasileiro de basquetebol, campeão brasileiro de voleibol, campeão brasileiro de natação, campeão brasileiro de pólo aquático...
Sinto-me absolutamente honrado pela escolha clubista que fiz em 1960!
Abraços Gloriosos.
Grande RUI,concordo em grau, gênero e número com as suas afirmações.
O futebol brasileiro é o retrato de nossa "republiqueta" atual,onde proliferam os corruptos.
Um abraço e SA. JOTA.
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