sábado, 21 de março de 2015

Fragmentos ‘jogos memoráveis do botafogo’: a Copa Conmebol conquistada na raça… (27)

O Clube entrou em 1993 com um time modesto, formado por jogadores quase desconhecidos, deixando sua torcida sem grandes pretensões naquele ano. […] Todos esperavam que o Botafogo só fizesse figuração na [Copa Conmebol]. Mas não foi o que aconteceu. […]

O Glorioso estreou contra o Brigantino […] com duas vitórias suadas, por 3 a 1 em Niterói e 3 a 2 no interior paulista. […] Depois foi a vez dos venezuelanos de Caracas: […] 1 a 0 na Venezuela e 3 a 0 no Brasil. Chegar às semifinais, para muitos, era o limite daquele time. […] O Alvinegro levou uma esfrega de 3 a 1 para o Atlético Mineiro […] e viu sua torcida jogar a toalha. Mas um milagre aconteceu no Caio Martins. […] Tudo deu certo […] e o Botafogo arrasou o forte Galo por 3 a 0, classificando-se para as finais contra os uruguaios do Peñarol.

A torcida já sentia uma pontinha de esperança […] e acreditou mais quando o Glorioso arrancou um empate raçudo de 1 a 1. […] O Botafogo de pior nível técnico dos últimos anos, mas muito mais raçudo do que o do ano anterior, estava prestes a fazer história. Aproximadamente 70 mil botafoguenses tomaram o Maracanã e vaiaram o anúncio do público pagante – como mais de 26.000 – como se a maioria não tivesse entrado de graça. […]

Na única chance do Peñarol saiu o gol: […] o craque da Seleção Uruguais chutou forte, sem defesa fazendo 1 a 0 para os carboneros aos 35 minutos. Assustados com a possibilidade de um ‘Maracanazzo’ os botafoguenses foram cabisbaixos para o vestiário.

Sinval […] em um dia de Didi acertou um chute maravilhoso, espetaculoar, que encobriu toda a área e foi morrer no ângulo direito de Rabajda: […] 2 a 1 para o Glorioso, e delírio na comemoração. Parecia o gol do título.

Nos acréscimos o Peñarol achou um gol […] e empatou: era inacreditável.

Na série de pênaltis […] William Bacana espalmou o chute de Ferreira.

O Botafogo estava na frente com 2 a 1. E quando André fez o terceiro alvinegro, o título estava nas mãos de William Bacana. […] A bola, abençoada, acertou o travessão: a Copa Conmebol era do Glorioso. E a torcida, na mesma hora, invadiu o campo, em comemoração enlouquecida.

[Além da narração de partes do jogo, Auriel de Almeida ainda faz três destaques dedicados a Sinval, Eliel e William Bacana.]

Excerto autorizado pelo autor. In: ALMEIDA, A. (2012). Jogos Memoráveis do Botafogo. Rio de Janeiro: ed. iVentura, pp. 163 a 166 (à venda nas livrarias Travessa e Saraiva ou no portal www.iventura.com.br

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