Letra e
música de Delfim Jardim Aleixo
Botafogo,
Botafogo
Campeão do
Rio de Janeiro
Botafogo,
Botafogo
É a glória
do esporte brasileiro
És o clube
do meu coração
Sempre foste
vitorioso
O teu nome é
uma tradição
Meu querido
glorioso
Tanto faz na
terra
Tanto faz no
mar
Tua estrela
solitária é brilhante
Tu és uma
família exemplar
E na luta um
verdadeiro gigante
Nilton Santos
foi protagonista do título de 1957. Entre outras incursões ao ataque, foi ele
que fez o extraordinário lançamento para Paulinho Valentim marcar de bicicleta
um dos cinco gols que ‘presentearam’ o Fluminense naquela tarde Gloriosa. No
dia da partida de Nilton Santos, a letra de Delfim Jardim Aleixo é um hino de
alegria que se lhe adapta bem – porque é muito difícil isolar Nilton Santos do
Botafogo e vice-versa. Desejo que a sua energia se funda com outras energias
positivas e poderosas do Universo. Abraçamo-nos pessoalmente em 2009. Estou lhe
enviando um último abraço até à eternidade.
Imagem: Flâmula da coleção de Claudio Falcão.
4 comentários:
Quando eu passei a prestar atenção no Botafogo, através do amor do meu pai, Nilton Santos foi das figuras que teve papal fundamental nessa metamorfose amorosa. Onde tivesse palavra dele, escrita, falada, televisionada, eu estava prestando atenção. Amava as histórias do Botafogo contadas por aquela fala mansa. Achava encantador todo o carinho e zelo que ele tinha pelo Mané, o compadre. Amava, sobretudo, o amor imortal que o unia ao Glorioso. Imortal, porque lá no céu quem vai lustrar a Estrela Solitária, é ele, sim senhor!
Salve Nilton Santos, a Enciclopédia que se mudou pro céu.
Beijo, Rui!
Meu pai tinha essa flâmula, que infelizmente se perdeu. Sobre o Nílton Santos, tenho várias boas recordações dele. Quando criança, em 1962 nos jardins de GS brincava de bola com outros garotos e de repente quem se mete na brincadeira? O maior lateral-esquerdo de todos os tempos. No alto de sua imensa categoria, bi-campeão do mundo, aquele extraordinário jogador, de uma humildade que só os gênios verdadeiros possuem, bateu bola comigo e outros garotos. Até hoje brinco que joguei bola com o Nílton Santos. Outra grande recordação foi sua despedida do futebol profissional em 1964. A última e não menos importante é que na minha adolescência, a turma lá da rua no Jardim Botânico onde fui criado, sempre comprava materiais esportivos na Loja do Nílton Santos, e por que? Porque era fantástico ouvir as histórias desse extraordinário jogador, que nos atendia com uma atenção cativante. Vá em paz grande Nílton e quem sabe se você se reunindo com o mestre Didi, com o compadre Garrincha, com o Carlito Rocha, o Saldanha, Ademar Bebiano, Paulo Azeredo e tantos outros botafoguenses que já se foram, consigam uma audiência com o Criador para que ele mande alguém para consertar o Botafogo, por que do jeito que as coisas andam, em breve o futebol do outrora Botafogo de Futebol e Regatas acaba de vez. E sabe de uma coisa Nílton Santos, você e todos os grandes botafoguenses, vivos e os que já partiram não merecem o que o Botafogo está se tornando, um clube qualquer, manchando o seu glorioso passado. Grande Nílton Santos,vá em paz e como várias pessoas escreveram: os gênios não morrem, mas viram estrelas. Abs e SB!
Milene, o que mais me espanta é que o homem que 'fervia' com as coisas da vida, tal como se pode verificar pelos murros que deu no mesmo árbitro num espaço de quatro anos - e que o fez encerrar a carreira de dirigente do Botafogo para sempre -, consiga ser o homem tranquilo e contador de histórias, o homem que singelamente disse que não acredita no céu, que quando se morre acaba ali mesmo.
Poucas pessoas aceitam a morte. Aliás, esse é o 'segredo' das religiões ao terem no seu menu principal a promessa da imortalidade. Para quem não acreditava, como Nilton Santos, a morte ainda se torna mais difícil. E, todavia, o Nilton encarava-a como uma finitude certa. Simplesmente isso. E viver enquanto pudesse, com alegria e tranquilidade, esse tempo de efemeridade. Notável!
Beijos Gloriosos!
Tudo verdade, Sérgio! E além de estarem manchando o Glorioso de hoje e de sempre, estão simultaneamente manchando figuras tão notáveis como Flávio Ramos, Mimi Sodré, Carlito Rocha, Nilo, Carvalho Leite, Heleno, Nilton Santos, Garrincha, Didi, Amarildo, Jairzinho, Gérson, Mauro Galvão, Mendonça e tantos outros craques que honraram as nossas fileiras.
Hoje sobra-nos esta gente pífia que atira as suas próprias culpas para cima da torcida. Quem não consegue títulos é a diretoria, a comissão técnica e os jogadores, não nós!
Veja esta afirmação notável (em entrevista) de Nilton Santos quando a Suécia inaugurou o marcador na final de 1958 e o fastasma de 1950 regressou aos jogadores (cito de memória):
"Mas eu não era disso não. Nunca perdi uma decisão de título. Nunca."
Abraços Gloriosos!
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