segunda-feira, 12 de maio de 2014

Um dia de 1959...

O Atlético de Madrid (reforçado com Puskás) pagou por tudo e por todos. Didi, numa folha seca (aos 19), e Zagalo (aos 23) abrem 2x0. O Botafogo se descuida e sofre dois gols. Aos 25, servido pot Hollaus, Vavá diminui: 2x1. Recebendo de Puskás, Hollaus (aos 30) empata: 2x2. Aos 33, Quarentinha escapa na carreira e reconquista a vantagem: 3x2. Quarentinha faz grande jogada e amplia (aos 43): 4x2. Na etapa final, Puskás reduz (aos 3), mas Zagalo torna a ampliar (aos 5); 5x3. Puskás (aos 7) eduz para 5x4. Garrincha (aos 36) desbrava a defesa e chuta na trave. No rebote, Didi só empurrra: 6x4. Foi a façanha do Botafogo, superando com classe e raça o estado físico lamentável do time. [Carlos Vilarinho refere-se aos jogos excessivos realizados pelo Botafogo devido às excursões internacionais]


Fonte: Excerto autorizado pelo autor. In: VILARINHO, C. F. (2013). O Futebol do Botafogo 1951-60. Rio de Janeiro: Edição do Autor, p. 264. O livro pode ser adquirido nas melhores livrarias do Rio de Janeiro e a partir do sítio www.ofuteboldobotafogo.com


O jogo, arbitrado por Caballero, decorreu no dia 24 de junho de 1959, no Estádio Metropolitano (Madrid) e o Botafogo alinhou com Ernâni (Adalberto), Cacá, Thomé (Cetale), Nílton Santos e Chicão; Ronald (Tião Macalé) e Didi; Garrincha, Quarentinha, Rossi e Zagallo (Neyvaldo). Técnico: João Saldanha.

O Atlético de Madrid foi escalado com Pazos (Medinabeltia), Alvarito e Sutter (Martin); Rivilla, Villaverde e Calleja; Miguel, Vavá, Hollaus, Puskas e River (Agustín).

Os gols foram assinalados por Didi (2), Quarentinha (2) e Zagallo (2) para o Botafogo e Vavá, Hollaus e Puskas (2) para o Atlético de Madrid.

Obs: 1) Segundo o Diário de Notícias e a Tribuna da Imprensa, os gols do Botafogo foram de Didi (2), Rossi (2), Quarentinha e Zagallo; 2) Puskas foi cedido pelo Real Madrid para este jogo.

Dados técnicos fornecidos por Pedro Varanda, investigador esportivo e colaborador do Mundo Botafogo. Fontes primárias: Correio da Manhã, O Globo, O Jornal.

4 comentários:

Gil disse...

Rui,

Acredito (me corrija) que essas excursões nos fizeram conhecidos internacionalmente, porém, o custo foi alto. Deixamos e poderíamos ter mais alguns títulos e troféusR em nossa galeria além de esgotar os jogadores.

Abs e Sds, Botafoguenses!!!

Ruy Moura disse...

Sim, Gil, estou de acordo. Mas naquele tempo os torneios internacionais tinham grande valor, e isso era bem evidente nos dólares que nos pagavam. E os dólares faziam muito jeito...

Sucede que os títulos oficiais que o Santos ganhou valem hoje muito mais do que naquele tempo. Quem viveu esse tempo, delirou com a conquista dos mais importantes torneios mundiais. Mas como depois de cada um de nós partir o que fica é tão simplesmente o registro histórico e a legitimação social da qualidade dos títulos, então saímos claramente prejudicados com a nossa opção.

Em suma, fomos o que fomos nas circunstâncias da envolvente. Ficaram por conquistar uns quantos campeonatos cariocas e, talvez, duas Taças Brasil, o que nos daria pelo menos quatro títulos nacionais contra os dois que temos. Alé, disso, há muitos cariocas do flamengo e do fluminense que foram surripiados ao Botafogo e ao Vasco da Gama.

Abraços Gloriosos.

Unknown disse...

Caro Rui.
Houve algum problema na escalação ou no relatado.
Falta Garricha na escalação.
abs
Pizotti

Ruy Moura disse...

Tem toda a razão Pizotti. Agradeço a chamada de atenção. Já emendei com dados seguros do Pedro Varanda.

Abraços Gloriosos.

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